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Até o momento que o nosso motorista designado nos deixou de volta no dormitório, Michael e eu tínhamos jogado quarters e beer pong para nosso caminho a uma noite de paredes girando na melhor e abraçando o banheiro na pior das hipóteses. Nenhum de nós falou mais que um sussurro até depois das 03h00min da tarde de domingo — com ele devidamente escondido em meu quarto. Havia uma reunião da irmandade das mulheres programada para quatro horas mais tarde, e Michael amaldiçoou a linhagem de quem colocou isso no calendário no dia seguinte a festa da Irmandade. Mesmo sendo um cara, algumas atividades lhe foram concedidas pelo seu incrível senso de moda e suas idéias criativas que ajudavam a casa das garotas e elas amavam. Fora que ele era um tremendo gato e todas elas amavam o ter por perto.

— Nós não vamos conseguir decidir uma maldita coisa e pelo menos a metade de nós vai matar a primeira pessoa que bater o martelo. Nós ainda estávamos conversando em meio volume. Eu o vi envolver um lenço roxo no pescoço e puxar um par de luvas combinando, enquanto esperava o meu notebook ligar.

— Pelo menos sua miséria terá companhia.

— Yay. — Ele puxou um boné preto sobre seu selvagem cabelo loiro e vestiu o casaco.

— Vejo você em algumas miseráveis horas.

Calum já tinha enviado a planilha de segunda-feira. Ainda não tinha uma nota pessoal. Eu entendi porque ele não podia me ver, e talvez por isso tudo o que vinha fazendo havia acabado. Mas eu não entendo por que nossos e-mails tinham que parar também. Eu os perdi, e me perguntei o que ele faria se eu respondesse. Eu queria dizer a ele sobre a noite passada e Kyle, falar sobre eu dizendo não e que me senti morrendo de medo e durona ao mesmo tempo.

Restava uma semana de aula, seguida de uma semana de exames finais, e, em seguida, o semestre acabaria. Eu não tinha ideia se iria fazer alguma diferença para ele. Eu fiz pelo menos a lição de casa que com o cérebro martelando eu podia fazer — rotular um gráfico de constelação para o laboratório de astronomia de amanhã — e pendurei a roupa limpa da lavanderia que estava em uma cesta ao pé da minha cama por três dias... Ou quatro... Talvez cinco. Eu perdi meu tempo praticando baixo todo o fim de semana, além do ensaio conjunto, por isso gostaria de estar me empenhando para completar as horas adicionais de prática durante a semana.





No momento em que Michael voltou, eu estava seriamente considerando apenas ir para a cama e dormir pelo resto remanescente da minha ressaca. Bocejando, eu virei-me para a porta.

— Eu estava pensando em bater. — Michael não estava sozinho. Debaixo do seu braço estava Mindi, minha parceira de quarters desde a noite anterior. No início, eu pensei que ela estava de ressaca apenas um pouco mais do que eu, então, eu notei a expressão sombria de Michael, e eu olhei para os olhos avermelhados de Mindi, injetados de sangue. Ela não se sentia como uma merda por muito álcool. Ela estava chorando. Muito. Girei minhas pernas para fora do lado da cama.

— Mike?

— Rosie, temos um problema. — A porta se fechou atrás deles e Michael puxou Mindi para se sentar em minha cama. — Ontem à noite, depois que você e eu saímos, Mindi dançou com Kyle. — Mindi vacilou e fechou os olhos, e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Meu coração começou a disparar. Imaginei tudo que Michael poderia dizer em seguida, e nada era bom. Eu não tinha rezado em um longo tempo, mas eu me encontrei implorando. ―Por favor, Deus, não deixe isso ter ido mais longe do que aquilo que aconteceu comigo. Por favor. Por favor! — Ele a convenceu a ir para o seu quarto. — Com isso, as mãos de Mindi voaram para cobrir seu rosto e ela desabou de cara no ombro de Michael como uma criança. — Shh, shh! — ele cantarolou, encaixando ambos os braços em torno dela. Olhamos um para o outro sobre a cabeça de Mindi, e eu sabia que não tinha havido nenhum Calum para ela. — Rosie, temos que dizer. Nós temos que dizer neste momento!

Jet Black Heart // cth Where stories live. Discover now