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alerta de gatilho: tentativa de estupro, se vc é sensível a esse tipo de conteúdo, sugiro que passe essa parte

Eu nunca tinha notado Calum antes daquela noite. Era como se ele não existisse, e de repente, ele estava em toda parte. Eu apenas tinha dado um tempo na festa de Halloween, ainda no auge atrás de mim. Contorcendo-me entre os carros que lotavam o estacionamento atrás da casa da fraternidade do meu ex, eu digitei um SMS para a meu colega de dormitório. A noite estava linda e quente, típica do verão estilo Sul da Índia. Das janelas abertas da casa, a música ressoava para o outro lado da calçada, pontuada com ocasionais gargalhadas, desafios de bebida e pedidos de mais doses.

Como motorista designada para hoje à noite, era minha responsabilidade levar Michael de volta para nosso dormitório no campus em uma peça não mutilada, querendo ou não ficar mais um minuto na festa. Meu SMS lhe disse para ligar ou mandar um SMS quando ele estivesse pronto para ir. Do jeito que ele e seu namorado, Luke, estavam encharcados de tequila, dançando sensualmente antes de darem as mãos e tropeçarem escada acima até o quarto dele, ele talvez não me ligasse até amanhã. Eu ri com o pensamento da curta — caminhada da vergonha — que ele suportaria da varanda da frente até a minha caminhonete, se fosse assim.

Eu apertei — enviar — enquanto procurava na minha bolsa por minhas chaves. A lua estava muito escondida pelas nuvens e as janelas totalmente iluminadas da casa estavam longe demais para fornecer alguma luz no fundo do terreno. Eu tive que ir pelo tato. Amaldiçoando quando uma lapiseira picou a ponta do meu dedo, eu pisei duro com um pé calçado em um salto stiletto, quase certa que eu estava sangrando. Assim que as chaves estavam na minha mão eu chupei o dedo; o leve sabor metálico me disse que eu tinha perfurado a pele.

— Vai entender! — Eu murmurei, abrindo a porta da caminhonete.

Nos segundos iniciais que se seguiram, eu estava muito desorientada para compreender o que estava acontecendo. Num momento eu estava abrindo a porta da caminhonete, e no seguinte, eu estava deitada com rosto contra o banco, sem fôlego e imóvel. Eu lutava para me levantar, mas não podia, porque o peso em cima de mim era muito grande.

— A fantasia de diabinha ficou bem em você, Rose. — A voz era arrastada, mas familiar.

Meu primeiro pensamento foi ―Não me chame assim! Mas essa objeção rapidamente se perdeu em favor do terror, quando eu senti uma mão empurrando a minha saia já curta para cima. Meu braço direito era inútil, preso entre o meu corpo e o assento. Eu agarrei com a minha mão esquerda o banco ao lado do meu rosto, tentando novamente me empurrar em pé, e a mão sobre a pele nua da minha coxa moveu rapidamente e agarrou meu pulso. Eu gritei quando ele puxou meu braço atrás das minhas costas, prendendo-o firmemente em sua outra mão. Seu antebraço estava pressionado na parte superior das minhas costas. Eu não podia me mover.

— Kyle, sai de cima de mim! Me solta! — Minha voz tremeu, mas eu tentei dar a ordem com a maior autoridade possível. Eu podia sentir o cheiro de cerveja em seu hálito e algo mais forte em seu suor, e uma onda de náusea subiu e caiu no meu estômago.

Sua mão livre estava de volta na minha coxa esquerda, seu peso acomodado para o meu lado direito, me cobrindo. Meus pés pendiam fora da caminhonete, a porta ainda estava aberta. Tentei puxar meu joelho até tê-lo debaixo de mim e ele riu de meus esforços patéticos.

Quando ele enfiou a mão entre minhas pernas abertas, eu gritei, juntando de volta minha perna muito tarde. Eu me puxei e me contorci, primeiro pensando em derrubá-lo e então, percebendo que eu não era páreo para o tamanho dele, comecei a implorar.

— Kyle, para! Por favor, você está bêbado, e você vai se arrepender disso amanhã. Ai, meu Deus!

Ele cravou seu joelho entre minhas pernas e o ar bateu no meu quadril nu. Eu ouvi o som inconfundível de um zíper e ele riu no meu ouvido quando eu fui de racionalmente implorando para chorando.

Jet Black Heart // cth Onde as histórias ganham vida. Descobre agora