Eroda || DRARRY

No Judgement

Draco Pov

Eu jamais diria isso em voz alta, mas é claro que eu estava me divertindo.

Sirius estava a coisa mais ridícula que eu já havia visto na vida, usando aquela capa vermelha, e isso só piorava porque ele estava adorando ela, e ficava rodando igual um imbecil todas as vezes que passava perto de alguém.

Até mesmo Remus, com uma fantasia de lobo gigante parecia estar achando isso ridículo, porque ele revirava os olhos todas as vezes que passava ao lado do marido, que sempre perguntava porque Lupin tinha a boca tão grande.

Eu não entendia exatamente o contexto, e Harry me garantiu que eu não queria saber. Eu confiei no que ele disse, porque todas as vezes que Sirius perguntava isso para o marido, a expressão do meu doce se franzia exasperada.

Embora também parecesse achar que Black estava exagerando por saltitar por toda parte com a capa vermelha, eu tinha flagrado Remus tirando fotos furtivas em diversos momentos, com sorrisinhos escondidos.

Não deixava de pensar que, se existissem coisas como reencarnações, na próxima Lupin seria alguém muito poderoso, ou um deus. Ele merecia, depois de passar anos ao lado de Sirius Black.

Mas a parte legal da festa não se resumia apenas em Sirius fazendo papel de idiota. Aquilo tudo estava incrível!

Eu estava recostado perto da mesa, admirando as comidas que Lupin havia feito.

Haviam pequenos cachorros quentes que faziam alusão a dedos decepados envolvidos no pão, também sucos de diversos sabores, todos vermelhos cor de sangue.

Doces que imitavam olhos, biscoitos em formato de morcegos, guloseimas de chocolate que imitavam covas, bolinhos em formatos de cérebros e uma infinidade de coisas criativas que Remus e Harry desenvolveram juntos.

Uma música tranquila soava no lugar, e quando a campainha tocou, Harry se dirigiu até a porta com muita animação, abrindo um enorme sorriso ao ver Ronald.

Eu ri ao ver de longe meu melhor amigo, que provavelmente estava usando um feitiço glamour para fazer seus cabelos ruivos ficarem mais cumpridos e negros, e havia rabiscado de maneira quase grotesca um raio no meio da testa.

Ele ainda vestia o uniforme do trabalho, porque havia sido seu dia de plantão, e eu imaginei que não teve muito tempo para pensar em uma fantasia.

Harry gargalhou gostosamente, dando um abraço apertado dele.

- Ok, sua fantasia está ótima, mas você nunca será tão adorável quanto eu - Harry alertou, e Ronald sorriu quando o garoto passou a mão sobre a roupa dele, tornado o sobretudo do uniforme rosa, em seu tom favorito - Melhorou.

- Uau, Harry! Isso está incrível - Falou girando os olhos ao redor, admirado - E sua fantasia está bem legal... Realista.

- Valeu, Ron. Onde está todo mundo?

- Estacionando. Meu pai veio de carro com minha mãe e Gina. Os gêmeos vem direto da loja... Agora, onde está Draco?

- Ah, vem, entra! Draco é aquele vampiro mau humorado perto da mesa - Harry se virou, me indicando com um gesto, porque eu ainda estava quieto ali.

- Você... - Ronald congelou, me olhando da cabeça aos pés - Você fez o Draco se fantasiar? Você... você realmente... - Os olhos dele estavam muito arregalados, e eu bufei de ver o exagero.

- Não foi difícil, se você quer saber - Harry falou com um sorrisinho convencido, e nós ficamos sem entender quando Ronald girou nos calcanhares, saindo pela porta.

- Mãe?! Mãe?? Você trouxe a câmera? - Ouvi ele gritar enquanto corria, e revirei os olhos.

No fundo, sabia que ele iria encher o saco por causa daquilo.