Eroda || DRARRY

Sweet Creature

Draco Pov

Eu realmente me senti atordoado de diversas maneiras diferentes.

Em um instante estava encarando um bizarro espelho na casa dos Riddle, e no segundo seguinte eu havia sido sugado pela peça de ornamento.

E caí estrondosamente no chão, sentindo meu corpo doer com o impacto.

Mas é claro que o tombo não me chamou atenção, porque em um segundo eu me levantei, passando as mãos para afastar a poeira das roupas, enquanto olhava ao redor.

O outro lado do espelho havia me enviado para uma sala muito elegante.

O espelho desse lado, que me jogou no chão, ficava em um canto afastado do lugar, rente a uma parede cheia de quadros, que imediatamente atraíram minha curiosidade.

A maioria era de lugares, paisagens, e um pouco abstratos. Nada de grande importância.

Mas o que me fez sentir o estômago embrulhar, foi uma foto de Voldemort.

Em toda sua juventude, centralizado naquela parede, com ar de importância, e uma pose quase soberana.

- Homenum Revelio - Ordenei, por pensar ser coerente, e realmente conclui que não havia ninguém ali naquele local.

Com a varinha em mãos, agora muito atento, girei o corpo para observar o restante do lugar.

Era uma biblioteca caseira, com diversas prateleiras de livros ao redor, que me deixou cheio de curiosidade.

Havia uma lareira apagada, um tapete felpudo no chão, e móveis espalhados por todo o local.

Mas o que mais me deixou desconfiado, foi perceber que aquele lugar não parecia inabitado.

Tudo estava limpo, organizado e bem arrumado.

Seguindo para o corredor, mantive a varinha bem erguida, e todos os sentidos aguçados, sem abaixar a guarda, caminhando da maneira mais silenciosa que pude, percorrendo o piso impecável e lustroso, que brilhava de maneira que eu podia ver meu reflexo.

A maneira como aquele lugar era muito limpo e bonito estava me deixando desconfortável, com uma sensação terrível.

Conforme adentrava cômodo por cômodo, percebi que ali realmente deveria ser o lugar onde Voldemort deveria passar seu tempo, ou algo do gênero.

Isso me deixou curioso, porque fazia tempo que havíamos capturado ele, então significava que alguém além daquele verme estava cuidando do lugar.

Era estranhamente banhado em luxuria, com diversas peças e mobílias cheias de classe.

Uma enorme mansão, como pude notar.

Não chegava a ser absurda, como a mansão da minha família, que tinha um quarto inteiro feito de ouro puro, mas o luxo e o glamour estavam muito presentes em cada quadro importante, e em cada vaso importado que eu consegui notar.

Segui caminhando apressado, sempre mantendo a varinha em mãos e usando o Homenum Revelio para detectar se havia alguma presença humana.

Porque aquele lugar estava muito limpo, e tinha um ar muito vívido.

Isso eu pude comprovar pelas plantas e flores que via ao redor.

Estavam muito bonitas e vistosas.

Finalmente consegui encontrar escadas, ainda muito desconfiado ao chegar no hall de entrada daquele bonito lugar, revirando os olhos ao ver uma estátua de Voldemort na porta, com uma pose icônica e cheia de poder.

Ele não demonstrava ser daquele tipo exorbitante.

Eu poderia esperar uma estátua se fosse Lucius. Porque ele realmente tinha duas estátuas de si mesmo, na mansão dos Malfoys.