Katanas de Sangue

Hinata

Andando pela floresta carregando Yoko em seus braços, estava Akarui naquele momento. Depois de andar por alguns metros, a garota começou a mexer-se mostrando que estava prestes a acordar. Os olhos dela abriram-se e primeiramente viram o rosto do ronin. Imediatamente seus olhos encheram-se de água e abraçou o seu salvador.

-Obrigada... obrigada...- Ela repetia sem parar.

Até que a criança limpou os olhos e olhou para cima. E esse foi o momento exato que se fosse antes poderia desencadear em catástrofe.

Yoko ao olhar para cima em direção às altas árvores, viu Katsumoto caindo de uma dela em direção a Akarui, empunhando sua espada em mãos.

-Cuidado!- A aprendiz de miko gritou e apontou para cima.

O portador de Hinoha conseguiu ver rapidamente o inimigo acima, e consegiu agir velozmente. Akarui foi obrigado a jogar o corpo de Yoko para o lado, que caiu no chão. E logo em seguida jogou o propio corpo para trás, desviando do ataque aério.

E então sacou sua katana e tentou atacar Koyama, esse no qual defendeu o golpe há tempo. Em seguida o Katana de Sangue correu para longe. O ronin tentou ir atrás mas perdeu-o de vista, após o mesmo ter usado sua arma para criar um portal para outro lugar e fugir.

-Senhor Akarui...- Falou a garota, levantando-se.
-Yoko, você está bem?- Perguntou Akarui.
-Sim, eu acho que sim.
-Ótimo.
-O que está acontecendo?
-Não tenho tempo para explicar. Apenas que temos que voltar para o templo.
-Certo.

Ambos começaram a andar novamente. Mas agora o portador de Hinoha estava mais atento e preparado para qualquer ataque. Pelo menos assim pensava. A garota então segurou no braço do ronin.

-Não segure no meu braço, pode me atrapalhar caso algo aconteça.- Ele respondeu.
-Ah, desculpe.- Ela começou a segurar no kimono vermelho dele.- E agora?
-Pode, mas se eu tiver que lutar me solte e apenas fique atrás.
-Tudo bem. Eu vou.

Caminhando pela floresta escura, o aprendiz de Sato Saigo prestava sua atenção a cada coisa que via e ouvia. E ao mesmo tempo, frequentemente olhava para Yoko, com o intuito de checar se ela estava bem.

Porém um barulho alto veio à direita deles. E logo em seguida à esquerda. Estava escuro demais para conseguir enxergar o que provocava, mas isso começou a girar em torno dos dois.

-O que é isso?- Yoko perguntou preucupada.
-Solta minha roupa e fica atrás, atenta a qualquer coisa.
-Certo.- A garota fez o que lhe foi dito e tentava ver algo, mas não conseguia.

O barulho vindo das árvores era alto e ensurdecedor. Akarui fez Hinoha entrar em chamas, e estava preparado para qualquer golpe inimigo, exceto de um lugar que não esperava.

Em segundos, um pequeno portal aparceu sobre os pés dele, e de dentro saiu a mão de Katsumoto. Muito rapiamente ele puxou o ronin para dentro.

-Senhor Akarui!- Gritou Yoko desesperada por ter visto-o sumir em segundos.

Depois de um breve momento de silêncio. Ela escutou um grito, que era de Akarui. O som vinha de cima, e quando olhou, ela o viu caindo até o chão e acertando o mesmo com força. Koyama havia usado um portal para coloca-lo no alto e depois solta-lo. Após um gemido de dor, tentou levantar-se. Ao erguer a cabeça, apenas viu a sandália no pé de seu adversário que havia acabado de se teletrasportar para lá, e chutado o rosto dela, que caiu de costas ao chão.

Katsumoto ergueu sua chisa-katana para finalizar finalmente seu inimigo. Porém quando a lâmina estava a entrar no peito de Akarui, Yoko jogou-se na frente.

-Para por favor! Não faz isso!- A garota dizia chorando.
-Por que você está defendendo ele?...- Koyama começou a dizer.

Mas foi interrompido quado velozmente o ronin jogou Yoko para o lado, pegou Hinoha e conseguiu desferir um corte no abdômen do oponente. Esse que recuou com uma mão na barriga, segurando as entranhas. Tentou em um último gesto criar um portal para escaar, mas Akarui foi rápido e em um único golpe certeiro, decepou a mão do inimigo. Em seguida chutou seu peito, fazendo-o cair. No chão, Katsumoto já sabia que havia perdido a luta e aguardava o fim, fazia isso lembrando-se de sua família que agora, não teria mais ele e poderia morrer de fome. Em um último golpe de misericórdia, Akarui perfura o peito do adversário, o matando.