Os Brutos também Amam [COMPLETO]

Capítulo 1

Dou um pulo da cama achando que estava me afogando e vejo que estou encharcada.

Hã?

— Te espero na sala em cinco minutos. —olhei para frente e vi meu pai que já estava saindo do meu quarto segurando um balde.

Lá estava eu, parada no meio do quarto ainda tentando entender o que havia acontecido ali.

Foi então que deduzi.

Meu pai jogou água em mim?

Eu estava perplexa demais para reagir. Porquê ele fez isso?

Só então noto que parece que um caminhão passou por cima da minha cabeça.

Com certeza é ressaca.

Me sento na cama sabendo que vou levar a maior bronca lá na sala.

Suspiro derrotada e vou até o banheiro fazer minhas necessidades. E antes de sair do quarto troco essa roupa molhada.

Assim que chego na sala vejo meu pai sentando no sofá com um jornal em mãos.

Tento passar despercebida por ele para ir até a cozinha estou morta de fome.

— Nem pense nisso. —olho para ele, que permanece com o jornal na cara.

Reviro os olhos e vou até o sofá que fica na sua frente e me sento. Ele praticamente joga o jornal em cima de mim.

Que mania é essa de jogar coisas em cima de mim?

— Leia. —pediu com uma estranha calma.

Hum, papai está estranho hoje. Ele não deu nenhum de seus chiliques como faz todas as vezes.

Mesmo receosa, leio o jornal e me forço ao máximo para que minha boca não vá ao chão.

" Filha do empresário Guilherme Monteiro é flagrada em delegacia mais uma vez embriagada.

Estão dizendo por aí que galinha gosta mesmo de poleiro."

— Filho da mãe! —praguejei incrédula com o que li.

Ele me chamou mesmo de galinha?

Arthur Aguirre. Um jornalista que vive pegando no meu pé, adora espalhar fofocas ao meu respeito.

Seu jornal está mais para um site de fofoca.

— Papai ele me xingou! —olhei para o meu pai, que me olhava sem reação. — O senhor já chamou meu advogado?

— Você não irá chamar advogado nenhum. —respondeu calmamente.

Confesso que isso que meu pai está fazendo está me assustando. Ele nunca estive tão calmo como agora.