Capítulo 8

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Me remexi ao sentir alguém me balançar delicadamente

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Me remexi ao sentir alguém me balançar delicadamente.

— Afonso, acorda.

Abri os meus olhos aos poucos, encontrando o olhar preocupado de Leila sobre mim, só então, me dei conta de que eu havia dormido no sofá.

— Leila, o quê houve? —perguntei, enquanto eu me ajeitava no sofá.

— A Cecília, Afonso.

— O quê ela aprontou dessa vez?! —fechei a cara, só de ouvir o nome dela.

— Eu fui até o quarto dela, para à convidar para fazer um lanchinho comigo... —sem paciência interrompo Leila.

— Vá direto ao ponto, Leila.

Ela suspirou fundo antes de continuar.

— Acontece que ela não estava no quarto, eu à procurei pela casa toda ela simplesmente sumiu!

— O quê?! —me levantei bruscamente do sofá. — Você tem certeza?

— Tenho sim. —assentiu e desviou o seu olhar do meu.

Estreitei os olhos para ela, Leila só desviava os olhos quando estava escondendo alguma coisa de mim.

— Tem mais alguma coisa que você queira me contar?

— Bem... —hesitou, mas logo voltou a falar. — Agora pouco eu vi o pequeno Théo e ele me disse que hoje mais cedo Cecília andou perguntando sobre a cidade.

Só então notei que as minhas chaves não estavam mais comigo.

— Filha da mãe! —praguejei furioso.

Isso não vai ficar assim. Fui até a porta.

— Aonde você vai? —Leila atravessou na minha frente.

— Saía da minha frente, Leila. —pedi e ela imediatamente me obedeceu. — Ela está precisando aprender uma lição.

— Irmão por favor, não vai fazer nenhuma bobagem.

Ignorei ela totalmente e saí de casa furioso, fui até a casa de Rafael que não ficava tão longe, como ela havia levado o meu carro eu iria pedir para ele que me levasse

Eu consigo imaginar onde ela deve estar nesse momento.

— Desculpa ter de acordado, mas eu realmente precisava ir atrás daquela irresponsável. —falei enquanto Rafael dirigia até a cidade.

Eu havia lhe contato o que aquela garota havia aprontado. Assim que chegamos em nosso destino, quase surtei quando vi o meu carro estacionado em frente ao bar da cidade.

Como eu imaginava.

— Rafael, pode voltar para casa a partir daqui eu assumo.

— Patrão só não vai agir de cabeça quente. —pediu.

— Pode deixar. —com isso desci do seu carro e raivosamente entro naquele maldito bar.

Quando chego na porta, procuro entre as pessoas que estão dançando e assim que o meu olhar cruza o dela, eu trinco os meus dentes com ódio.

Sem pensar duas vezes, vou com tudo em sua direção, paraliso assim que o homem que ela estava dançando vira de frente para mim.

Eduardo?

Voltei a realidade e à olhei furiosamente.

— O quê você estava pensando ao fugir para cá?! —alterei um pouco a minha voz, chamando a atenção de todos que estavam no bar. — Você tem noção do que você fez?!

— Será que você não consegue me deixar em paz ao menos um minuto? —respondeu-me impetuosamente.

A minha paciência já havia extrapolado.

— Não vou descutir com você aqui, você vai voltar comigo agora mesmo! —tentei segurar o seu braço, mas ela o puxou.

— Não eu não vou!

— Você ouviu o quê ela disse. —Eduardo se pronunciou pela primeira vez, se pondo na minha frente.

— Saia da minha frente agora mesmo seu bandido! —vocifiro com raiva.

Ele riu sarcasticamente.

— Bandido? —repetiu com humor. — Não sou eu quem sou um assassinado.

Sem me controlar mais, dei um soco em rosto o que o fez cair no chão, ele me olhou com ódio. Pelo visto o ódio que ele tinha por mim, só aumentava eu conseguia ver isso nos seus olhos.

Olhei para Cecília que me olhou surpresa, mas sem esperar que ela dicesse algo, em um gesto rápido à joguei no meu ombro.

— Me coloca no chão! —esperneiou esmurrando as minhas costas, mas eu à ignorei.

Olhei para trás uma última vez na direção de Eduardo.

— Fique longe dela. —com isso saí de vez daquele bar sobre o olhar de todos, enquanto eu ouvia os gritos histéricos de Cecília.

— Você é um ogro, um mal educado um bruto!

Me xingou de tudo o que eu podia, à joguei no banco da frente da minha caminhonte e entrei logo em seguida.

— Já terminou a lista de elogios?! —perguntei enquanto colocava o meu cinto de segurança.

— Você se acha dono de tudo não é mesmo? —olhei para ela sem paciência. — Mas eu não sua propriedade onde você pode mandar e desmandar quando bem entender!

— Sabe o quê eu acho que você é?!

— Estou curiosa sobre qual é a sua opinião sobre. —me olhou de maneira desafiadora.

— Você é uma garotinha mimada que acha que o mundo inteiro gira ao seu redor, sabe porquê? Porque você quer uma coisa que ninguém consegue de dar, que é amor, por quê você é insuportável! —despejei de uma vez tudo que estava engasgado na minha garganta.

— Você não sabe de nada! —gritou.

— Você que não sabe de nada! —rebati. — Sabe aquele cara lá de dentro ele é um bandido que queria matar a minha irmã, eu nem ao menos sabia que ele estava solto, você tem noção do que você fez? Não, você não tem, porquê você não pensa em nada. Então, se você tiver ao menos um pouco de cérebro, pensa antes de se esfregar em qualquer um!

Cecília pela primeira vez não me respondeu, ficou em silêncio e desviou os seus olhos dos meus.

Eu também não disse mais nada, fomos o caminho inteiro em silêncio, assim que chegamos em casa, Marta, Leila e Maria estavam na sala nos esperando.

— Graças a Deus, Cecília você está bem? —Leila foi até ela, mas Cecília à ignorou totalmente e subiu as escadas.

— O quê houve com a menina? —Marta me perguntou, suspirei fundo me sentindo cansado.

— Nada, Marta. Vão todos dormir.

Com isso, subi também as escadas, mas quando eu ia para o meu quarto ouvi soluços abafados como os de choro, vindo do quarto de Cecília.

Pensei em ir até lá, mas ela precisava ouvir algumas verdades. E também eu não podia voltar atrás, porque o estava feito está feito.

Os Brutos também Amam [COMPLETO]Where stories live. Discover now