Capítulo 14

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— Ele matou a sua irmã?

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— Ele matou a sua irmã?

Eu ainda não estava acreditando no que eu ouvi, Eduardo se levantou e começou a vestir suas roupas, em seguida voltou a me olhar.

— O seu nome era Diana. Você iria gostar dela, se tivesse à conhecido, todos gostavam. Aquele ruiva era capaz de conquistar qualquer um.

Ruiva?

Será que é a mesma ruiva da fotografia que eu vi ao lado de Afonso?

— E como ela morreu?

Ele me olhou e vi ódio em seu olhar, seus olhos estavam escuros e lá no fundo era como se só houvesse escuridão.

— Você quis dizer como aquele miserável à matou?! —quase rosnou, algumas veias pularam do seu pescoço. — Diana era uma mulher linda, por isso sempre foi grande alvo para os homens, e Afonso não foi exceção. Em uma das suas vindas à cidade, ele conheceu Diana, não demorou muito para que ela se apaixonasse por ele. Mas os nossos pais não ficaram de acordo com esse relacionamento.

— Por quê?

— Porque eles tinham algum tipo de desavença com os pais de Afonso, e não queriam que Diana tivesse algo a ver com aquela família.

— Mesmo assim os dois insistiram nesse romance?

— Exatamente. —pude ver o maxilar de Eduardo trincar. — E esse foi o pior erro. Afonso quando viu que os nossos pais jamais iriam permitir esse relacionamento, resolveu fugir com a minha irmã, e aconteceu uma tragédia.

Meus olhos estavam grudados em Eduardo, eu não perdia uma palavra sequer que saía da sua boca, tudo o quê ele estava me contando eu jamais imaginaria.

— O quê aconteceu?

Eduardo me encarou com olhos frios, e respondeu.

— Um acidente, um acidente que matou a minha irmã e destruiu a minha família!

— Eu sinto muito...

— NÃO, VOCÊ NÃO SENTE! —gritou me assustando, ele parecia descontrolado. — Depois da morte de Diana nada mais foi como antes, meus pais foram embora e eu nunca mais soube deles. Minha vida tem sido um inferno desde então.

Me levantei da cama, e ainda com o lençol enrolado em meu corpo me aproximei dele. Um pouco hesitante segurei o seu rosto o fazendo me encarar.

— Eu sei que foi muito difícil para você, mas foi um acidente, ninguém teve culpa.

Eduardo fechou os olhos como se buscasse por calma, e os abriu novamente.

— Não vou discutir isso com você. —tirou a minhas mãos do seu rosto. — Mas qual é a sua relação com ele?

— Estou passando um tempo na casa dele, não por quê eu quero, mas sim por quê o meu pai me obrigou.

— Você não está muito grandinha para ser obrigada a algo?

Os Brutos também Amam [COMPLETO]Where stories live. Discover now