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Capítulo 11 - Taehyung

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Agora as atualizações voltarão a ser semanais, sempre no domingo às 17:00

Boa leitura.

⚠️ Aviso de gatilho: crise depressiva, uso de medicamentos antidepressivos.⚠️

Diferente do que dissera, Hoseok não falou com Taehyung na segunda-feira; e tampouco na terça, quarta e também quinta. Na verdade, ele parecia estar o rejeitando, e não se dava ao trabalho de esconder isso.

Mas também não era como se o Kim se importasse; na verdade, ele aproveitava desses momentos para observar o trio que ficava na área de sempre enquanto em outros ele apenas encarava o céu, na intenção de entender o porquê dos humanos gostarem tanto de o fazer. Era só... o céu. Ele sempre estaria ali, teria a mesma aparência sempre, e não era como se fosse sumir do nada também. Na verdade, Taehyung considerava esse feito impossível.

— Patético — sussurrou antes de abaixar a cabeça, observando a grama que se tornava branca a cada nova mudança de temperatura. Era engraçado como a mãe natureza agia em determinadas situações, como se soubesse exatamente o que fazer.

E Taehyung também achava engraçado como se sentia cada vez mais sozinho, principalmente porquê já não tinha mais ninguém para conversar, desde que Hoseok começara a ignorá-lo. Era também engraçado como sentia coisas que se achava incapaz de sentir, mas que estavam ali, como uma prova de que humanos eram falhos até mesmo quando tentavam criar máquinas.

Agora ele entendia porquê aqueles humanos nos programas televisivos conversavam sozinhos. Quando você conversa sozinho, você consegue entender certas atitudes que não entenderia se simplesmente agisse impulsivamente, se ficasse eternamente preso a uma bolha onde você está sempre certo. E como Taehyung dizia: se você age impulsivamente, você toma atitudes que provavelmente se arrependeria no futuro, e não era o que ele queria naquele momento.

Ele não poderia falhar.

Quando chegou em casa no fim daquele dia, após fingir estudar por não sabia quantas horas, a primeira coisa que Taehyung fez foi retirar seus sapatos, antes de notar estar sozinho pela terceira vez somente naquela semana. Ele sabia que Won-Shik trabalhava muito, mas não evitou se decepcionar pelo menos um pouco antes de ir até a sala, onde se sentiu no sofá enquanto encarava suas próprias mãos.

Ele se sentia sozinho, era aquela a verdade.

Ele sentia saudades do laboratório, quando Song o visitava e conversavam pelo tempo máximo que o cientista conseguia, antes de desligá-lo e partir. Ele sentia saudades de quando o homem visitava no almoço e Taehyung o assistia comer – um costume que tomara para si –, se perguntando quando finalmente sairia e começaria o que foi feito para fazer.

Mas ali estava ele agora, e nada estava saindo como o planejado. Será que Song se decepcionaria consigo? Será que o homem o desligaria, acreditando que tinha criado uma máquina falha? Ou... ficaria do seu lado? Defendendo-o? Não sabia.

E de alguma forma, não queria uma resposta.

Talvez Taehyung deve-

Seus pensamentos foram cortados por um apito que soara no fundo de sua mente, antes de uma projeção aparecer na sua frente. O apito continuava, irritando-o enquanto a imagem de um homem surgia na mini tela, e o nome "Song" aparecia, como um aviso de que ele lhe ligava.

Taehyung congelou, sem saber o que fazer antes de, como instinto, tocar a ponta do brinco de rubi que usava, fazendo a tela surgir junto do som, dando-lhe o silêncio que estava presente anteriormente.