Capítulo 39- O início de uma descoberta parte 2

9 3 8
                                    

Um barulho chama a atenção de Lindsay. Ela vai até a cozinha e se depara com a seguinte cena: Vitor estava ajoelhado enquanto havia uma pequena poça de um líquido vermelho diante dele.

_Tudo bem? _ Ela perguntou, se aproximando.

_Me desculpe. _ Vitor olhou para Lindsay com um olhar que ela nunca havia visto antes, ela pensou ser uma despedida.

Ao olhar ao redor, ela constata que todo aquele líquido era o sangue de Vitor, que jorrou devido ao corte na mão dele, causado ao tentar recolher um pedaço afiado de vidro. Ela ficou desesperada e correu para seu quarto enquanto tentava se lembrar de onde estava sua maleta de emergências. Depois de pensar bastante, ela conseguiu encontrar a maleta e levou para a cozinha.

_Vai ficar tudo bem, Vitor. _ Ela disse, com o coração acelerado.

Mas, ao chegar na cozinha, ela vê algo que a deixa confusa: Vitor já está de pé e varrer os cacos enquanto há um balde com um pano de chão ao lado dele.

_Ei, largue isso aí, você está ferido! _Ela ordenou.

_Nossa, como você é exagerada, foi só um corte de leve.

_E essa poça de sangue imensa?

_Lindsay, você está bem? Isso aqui não é sangue, é ketchup.

_Mas você me pediu desculpas, eu vi toda essa poça, que eu achei ser sangue, e pensei que estivesse se despedindo. _Os olhos de Lindsay estavam marejando ao pensar que Vítor poderia partir.

_Estou começando a ficar preocupado com você: Lindsay, você entrou na cozinha, me viu agachado recolhendo os cacos de vidro e eu me desculpei por ter quebrado sua vasilha de ketchup. Você riu e disse que estava tudo bem. Até que, do nada, você saiu correndo para o quarto.

_Que tipo de brincadeira é essa, Vitor? _ a voz de Lindsay estava séria.

_Eu é que te pergunto: que brincadeira é essa, Lindsay?

A mão de Vítor estava um pouco ensanguentada, pois ele a cortou recolhendo os cacos. Lindsay percebeu que, mesmo se demorasse mais de meia hora, o intervalo de tempo entre o barulho que ecoou do objeto quebrado e sua chegada na cozinha não seria suficiente para formar uma poça daquele tamanho, levando em conta que o corte havia sido de leve. Chegar a essa conclusão a aliviou, mas uma coisa era certa: ela não estava tão bem quanto imaginava.

_Venha aqui, quero cuidar de você. _ Ela disse.

_Não precisa disso, é sério. _Vítor respondeu.

_Isso não foi uma pergunta, Vítor, preciso saber se entrou algum caco de vidro na sua mão.

Vítor se aproximou da mesa em que, agora, Lindsay estava assentada e estendeu a mão machucada para ela. Enquanto Lindsay cuidava do ferimento de Vítor, ele a analisava, buscando entender o que aconteceu nos minutos anteriores.

_Prontinho, sua mão está novinha em folha.

_Obrigada, agora me conte o que aconteceu, por que voltou daquele jeito?

_Eu não sei exatamente, só sei que vi você ajoelhado com uma poça vermelha e cacos de vidro espalhados. Eu me desesperei.

_Mas você até riu e disse que estava tudo bem. Eu estou realmente preocupado com você.

_Estou bem. Mas obrigada pela preocupação. _ Lindsay disse, acariciando o rosto de Vitor e retirando resquícios de ketchup que estavam na boca dele.

Seus olhares se cruzaram, contudo, antes que fizessem algo, o celular de Vítor tocou novamente, mas dessa vez foi o nome "Katy" que apareceu na tela. Vítor pensou em rejeitar a ligação, mas considerou que poderia ser algo importante. Ele a atendeu sem sair do lugar.

Uma Noite Sem FimWhere stories live. Discover now