Capítulo 5-Outro dia

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Precisamos sair da lanchonete e ir para um lugar seguro. Mas agora não.

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O dia amanheceu nublado, frio, silêncioso e estava calmo até de mais. Esperei meu tio acordar para fazer algo para comer. Para minha infelicidade eu não sabia cozinhar. Sentada no banco colocando a minha mochila no balcão Benjamim aparece e vejo como esta tenso, apenas pelo seu olhar.

Ele me chama atenção e começa a falar:

- Acho que eu e meu irmão estamos lidando melhor com isso. Sempre foi eu e ele. Não precisamos chorar pelas pessoas que se transformaram naqueles monstros.

- Sorte sua!

- Sempre achei que era sortudo. -diz sorrindo.

- E é.

Um segundo ou dois e ele continuou:

- Você e seu tio sempre foram próximos?

- Não. Quando tudo estava acontecendo ele correu pra minha casa. Isso há uns dois anos.. - quis fugir um pouco daquele papo tenso e disse:
- Quando eu era bem menor a minha familia se reunia mais nos fins de semana.

- Sei que é dificil.

- Dificil é pular um muro de trinta metros. Isso tudo é, infelizmente, o fim depois do fim.

- As coisas acontecem por um motivo.

- Eu sei.

Ele soltou um sorriso no canto da boca e me olhou ajeitar as coisas na mochila.

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Finalmente depois de meia hora depois meu tio acorda e prepara nosso "café". Na verdade era feijão cozinhado. Ate que tava bom.

Precisavamos conseguir mais comida.

Jay começa a falar com Tom:

- No portão o que estava chamando atenção dos zumbis era uma luz vermelha que deve ter sido ativada quando entramos lá.

- Como? Nunca percebi aquela luz. Realmente não entendo.

- Como vocês entraram naquela casa?

- Entramos pela garagem. O portão estava praticamente aberto. Como se houvesse pressa por quem passou por lá.

- Desculpe. A culpa foi nossa pelo que aconteceu.

- Tudo bem Jay! Pelo menos estamos vivos.

Eu num fiquei tão bem assim ao ouvir aquilo. Puxa vida, não tinhamos nem uma semana direito naquela casa e era bastante bacana e com espaços interminaveis.

Tom se lavanta e chama minha atenção.

- Jessie! Hoje é seu aniversário né. Quase esqueci.

Preferiria que tivesse esquecido.

Os rapazes me deram parabéns e como toda lanchonete que se preze tem doces e guloseimas, meu tio achou na geladeira uma torta de pêssego. Fiquei feliz porque era minha preferida seja coincidência ou não.

Ficamos degustanto aquela torta deliciosa. E fiquei lembrando das que minha mãe fazia.

Não adianta mais lembrar, acho que é hora de esquecer.

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Ouvimos barulhos na rua como se tivesse alguém gritando. Fomos imediatamente para a janela, porém meu tio me afastava um pouco. Pode acontecer o que acontecer, portanto que não fosse comigo.

No meio da rua havia uma moça inteiramente coberta de sangue e roupas rasgadas gritando aos quatro ventos:

- Socorro! Me ajudem. Eles o mataram.

E não parava de repetir a mesma frase.

Meu tio, imediatamente, quis ajuda-la e quando ia chegando na porta Jay diz:

- Espere! Ela já esta condenada.

E em menos de 30 segundos pudemos ver a transformação. Horrível a contorção repetida que ela fazia. Parecia que seus ossos estavam quebrando ao som de seus curtos gritos.

Tudo foi fechado imediatamente.

Acordar e ver uma cena como essa. Realmente o dia seria ótimo.

Logo sairemos e alguém terá que cortar a cabeça daquele mais novo Stiço.

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