Precisamos sair da lanchonete e ir para um lugar seguro. Mas agora não.
©©©©©©©©
O dia amanheceu nublado, frio, silêncioso e estava calmo até de mais. Esperei meu tio acordar para fazer algo para comer. Para minha infelicidade eu não sabia cozinhar. Sentada no banco colocando a minha mochila no balcão Benjamim aparece e vejo como esta tenso, apenas pelo seu olhar.
Ele me chama atenção e começa a falar:
- Acho que eu e meu irmão estamos lidando melhor com isso. Sempre foi eu e ele. Não precisamos chorar pelas pessoas que se transformaram naqueles monstros.
- Sorte sua!
- Sempre achei que era sortudo. -diz sorrindo.
- E é.
Um segundo ou dois e ele continuou:
- Você e seu tio sempre foram próximos?
- Não. Quando tudo estava acontecendo ele correu pra minha casa. Isso há uns dois anos.. - quis fugir um pouco daquele papo tenso e disse:
- Quando eu era bem menor a minha familia se reunia mais nos fins de semana.- Sei que é dificil.
- Dificil é pular um muro de trinta metros. Isso tudo é, infelizmente, o fim depois do fim.
- As coisas acontecem por um motivo.
- Eu sei.
Ele soltou um sorriso no canto da boca e me olhou ajeitar as coisas na mochila.
©©©©©©©©
Finalmente depois de meia hora depois meu tio acorda e prepara nosso "café". Na verdade era feijão cozinhado. Ate que tava bom.
Precisavamos conseguir mais comida.
Jay começa a falar com Tom:
- No portão o que estava chamando atenção dos zumbis era uma luz vermelha que deve ter sido ativada quando entramos lá.
- Como? Nunca percebi aquela luz. Realmente não entendo.
- Como vocês entraram naquela casa?
- Entramos pela garagem. O portão estava praticamente aberto. Como se houvesse pressa por quem passou por lá.
- Desculpe. A culpa foi nossa pelo que aconteceu.
- Tudo bem Jay! Pelo menos estamos vivos.
Eu num fiquei tão bem assim ao ouvir aquilo. Puxa vida, não tinhamos nem uma semana direito naquela casa e era bastante bacana e com espaços interminaveis.
Tom se lavanta e chama minha atenção.
- Jessie! Hoje é seu aniversário né. Quase esqueci.
Preferiria que tivesse esquecido.
Os rapazes me deram parabéns e como toda lanchonete que se preze tem doces e guloseimas, meu tio achou na geladeira uma torta de pêssego. Fiquei feliz porque era minha preferida seja coincidência ou não.
Ficamos degustanto aquela torta deliciosa. E fiquei lembrando das que minha mãe fazia.
Não adianta mais lembrar, acho que é hora de esquecer.
©©©©©©©©
Ouvimos barulhos na rua como se tivesse alguém gritando. Fomos imediatamente para a janela, porém meu tio me afastava um pouco. Pode acontecer o que acontecer, portanto que não fosse comigo.
No meio da rua havia uma moça inteiramente coberta de sangue e roupas rasgadas gritando aos quatro ventos:
- Socorro! Me ajudem. Eles o mataram.
E não parava de repetir a mesma frase.
Meu tio, imediatamente, quis ajuda-la e quando ia chegando na porta Jay diz:
- Espere! Ela já esta condenada.
E em menos de 30 segundos pudemos ver a transformação. Horrível a contorção repetida que ela fazia. Parecia que seus ossos estavam quebrando ao som de seus curtos gritos.
Tudo foi fechado imediatamente.
Acordar e ver uma cena como essa. Realmente o dia seria ótimo.
Logo sairemos e alguém terá que cortar a cabeça daquele mais novo Stiço.
ESTÁS LEYENDO
Depois do Fim
Ciencia FicciónNesse mundo apocalíptico, Jessie e o tio vão fazer de tudo para sobreviver e lutar por suas vidas. E no decorrer dessa nova estrada, caminhos diferentes se bifurcam, segredos se revelam, mortos-vivos matam e morrem. O que acontece depois do fim?