Meu desespero dava lugar ao medo e o mesmo dava lugar a morte.
Foi aterradora aquela sensação! Quando ouvimos o cessar dos passos então vemos as portas serem brutalmente abertas. O estrondo fez com que meu tio pegasse o único rifle que tínhamos pronto para disparar.
E em fim chegou a nossa vez. E só o que eu pensava era que meu facão não adiantaria de nada. Arrancariam meu pescoço e o de meu tio e veríamos no que nos transformaríamos. Aquele choque contra a porta foi a gota d'água. Dois rapazes apareceram. Meu tio sempre hesita uns segundos antes de atirar. Nesse meio tempo um dos caras pôde falar:
- Gente viva?
Ambos não perdemos tempo e fomos logo ligando as lanternas. Eram dois jovens e pareciam estar bem vivos. O sono já não nos rodeava e o susto em mim continuava. Me afastei da janela e prestei atenção nos caras que também olhavam fixadamente para nós.
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Logo após alguns passos fomos até a biblioteca. Fechamos a porta e o rapaz mais velho começou:
- Lamentamos pelo susto! Meu nome é Jack e este é meu irmão mais novo Benjamim. Encontramos uma escada e decidimos pular o muro...
Enquanto ele contava como conseguiu entrar na casa.. eu prestava atenção em suas feições. Assustados e ao mesmo tempo aliviados, ambos eram morenos, olhos castanhos escuros. Jack tinha cabelo grande partido ao meio e Benjamim, o mais novo, tinha o cabelo curtinho, aparentando estar no auge de seus vinte anos.
Jack continuou:
- Peço que nos deixe ficar aqui, pois estamos cansados para correr novamente.
Meu tio, pacato e direto, retruca o moço.
- Podem ficar! Não negamos ajuda a ninguém. Mas precisamos acertar algumas coisas.
- Claro, claro! E pode me chamar de Jay, todos me chamavam assim antes do "holocausto".
- Isso é muito pior do que qualquer guerra que tenha existido, Jay.
Conversamos mais uns minutos e depois decidimos ir dormir, mesmo que fosse bastante dificil agora.
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Acordamos cedo. Eu e meu tio precisavamos elaborar algum plano para a falta, que logo viria, de comida, munição e bom senso. Os dois irmãos tinham mantimentos para os dois e não precisariamos dividir nossa comida e água por pelo menos dois dias ou mais.
Benjamim foi falar com Tom, o tio mais perturbado que eu tinha. Era o único mesmo..
- Tom?
- O que foi rapaz?
- Podemos ajudar vocês a conseguir comida e..
- Quantas armas vocês tem?
- Uma.
- E quantas balas?
- Umas vinte.
- Quer mesmo nos ajudar ou prefere guardar caso realmente venhamos precisar?
- Só queremos nos garantir também.
- Sei o que querem. Então nos ajude a não ter que precisar de armas. Primeiro para não chamar atenção e segundo para não faltar na hora do ranche.
Ambos começaram a pensar juntos e a planejar o que era necessário. Como eu num tinha nada pra fazer ficava lá sentada no puff da biblioteca, onde eles estavam. Ficava limpando as armas e olhando-as com certa adimiração. Rifle, pistola, tão bem projetados.
No meio de meus pensamentos Jay entra nervoso, desnorteado, e bastante extasiado. "O que houve?" Pensei.
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Depois do Fim
Bilim KurguNesse mundo apocalíptico, Jessie e o tio vão fazer de tudo para sobreviver e lutar por suas vidas. E no decorrer dessa nova estrada, caminhos diferentes se bifurcam, segredos se revelam, mortos-vivos matam e morrem. O que acontece depois do fim?