Capítulo 19-Uma Perda

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Meu Deus eu não vou morrer hoje, era só o que eu pensava.

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Os zumbis estavam em milhares e notaram a nossa presença. Aquele era nosso fim. Íamos morrer de qualquer jeito. Meu tio tentando de todas as formas fazer com que aquele maldito veículo funcionasse e somente acho que na nona tentativa foi que por um milagre ele funciona. Nessa hora meu coração estava disparado.

-Se segurem. Não vai ser fácil.

-Desde que isso começou nunca mais soube o que é facilidade-reclamou Ben.

Não havia mais como voltar ao que era antes. Atropelavámos todos que estavam na nossa frente. E os que sobrevivera corriam atrás de nós. Estamos condenados a viver nesse meio termo de morte e vida.

Não houve como evitar que um dia tinhamos que sair daquele caminhão. Já estavámos preparados e com armas em punho. Eu nunca havia matado nenhum Stiço e acho que agora teria que tentar, aliás, conseguir. Descemos sendo já atacados por uns dez que conseguiram nos alcançar. Eu pela primeira vez atingi um, mas não o 'matei' realmente.

Chegamos até o porto e embora os zumbis estivessem a pouquissímos metros de nós, fomos mais rápidos até chegar em um iate consideravelmente grande. Entramos quase como um pulo. Meu tio se direcionou logo a cabine de comando e uma surpresa o deprimiu mais ainda, pois a chave não estava lá.

-Vou pegar a chave-exclamou Tom.

-Não-elevei a voz consideravelmente.

-Não tenho escolha Jessie, eles estão vindo.

-Não vou deixar. Não pode me deixar sozinha.

-Nunca te abandonarei querida.

Ele correu me ouvindo dizer que não fosse, mas no fundo eu sabia que um de nós precisaria ir. De qualquer forma eu sei que ele irá conseguir.

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Meu tio conseguiu pegar a chave e teve de correr bastante, pois os monstros estavam praticamente colados nele. Minha agonia apenas crescia me matando de dor por ter a possibilidade de ficar sem minha única família, sem meu minímo conforto. Ele corria e eu sentia que não aguentaria por muito mais tempo. Tempo este que nos testava provando estar mais rápido que nós.

Ele se cansava a cada centimetro e não conseguia disfarçar, para a minha aflição. Ele estava com a chave em mãos e preferiu jogar a chave para mim com aquele olhar ''Não se preocupe, sempre estarei aqui, FUJA''. Ben percebeu minha imobilidade naquele momento e pegou a chave rapidamente ligando então o iate.

Saímos e fomos em direção ao mar aberto.

Meu olhar ficou naquele porto, mesmo já a quase meia hora. Não descia lágrima, expressão, sentimentos confusos se difudiam. Aquele momento em que crer não é o bastante, ver, viver e saber o que aconteceu. Parecia que nada mais valia. Um tipo de dor dormente que quando começar a formigar ia ser dolorido. Já não bastava está praticamente salva, eu estava sozinha.

-Jessie.. Vai dar certo.

Depois do FimWhere stories live. Discover now