Capítulo 4 - É hora de mudar

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No meio de meus pensamentos Jay entra nervoso, desnorteado e bastante extasiado. "O que havia acontecido?" Pensava.

- Eles estão no portão da garagem! - dizia nervoso - Há muitos e quase entrando..

- Pegue minha arma, Jessie!

- A bala não vai derrubar todos eles.. - digo entrando em um colapso.

- Como vamos sair? - pergunta Benjamim.

- Temos que saber o que está chamando a atenção deles para ficarem naquele portão. - finaliza Tom.

Todos nós saímos para a janela do final do corredor do segundo piso da casa. Só podiamos ver o grande barulho que os Stiços faziam. Esses zumbis estavam sendo atraídos e não desistiriam ate derrubar aquele portão.

E agora teríamos que fugir imediatamente. Agora sim o medo real estava para entrar naquela casa, mas antes estava em nós.

Pegamos as nossas coisas e os mantimentos, decidindo sair pela frente e conseguir algo para que pudéssemos escalar aquele muro enorme.

Uma corda era a única opção, mas não tinhamos muito mais que alguns minutos. Eu, por ser mais magra, subi primeiro. Depois o Benjamim e por último meu tio.

O portão havia caído e o Tom ainda estava no meio do caminho. Meu coração acelerou ainda mais e entrei em desespero. Comecei a puxar a corda instintivamente e os rapazes me ajudaram. Quando conseguimos trazer meu tio, os zumbis já havia invadido a casa, por fora e por dentro. Saimos correndo sem olhar para trás. O cansaço não era tanto quanto o medo, o terror, o horror.

Haviam alguns zumbis na rua em que estavamos correndo, mas nada com que se preocupar. Não tinhamos nenhum meio de transporte e completamente perdidos sem saber aonde ir.

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Paramos numa lanchonete. Ninguém perto de lá a não ser nós. Para a nossa sorte as janelas eram de madeira. Estávamos completamente exaustos e tudo que eu queria era um banho na minha casa, com as minhas toalhas. E explorando a lanchonete entrei no banheiro, tranquei a porta, abri a torneira e não pude mais aguentar. Minhas lágrimas caíam por saudades de meus pais, então mortos. Minha prima, amigos, vizinhos, todos mortos. Meu Deus! Ficava pensando como era possível.. Milhares de perguntas vinham na minha cabeça e nenhuma resposta, nada que fizesse sentido.

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Decidimos dormir dentro da cozinha. Tinha uma porta de saída dos funcionários além da que dava acesso ao salão. No tempo que estive no banheiro escovei meus cabelos castanhos, diferente de meus olhos verdes meio claro. Minha mãe sempre falava da minha pele branquinha sem nenhuma espinha. Pode parecer bobo, mas são as coisas mais idiotas que nos dá alegria. Eu agora só tinha que aceitar que não vivia mais nessa realidade.

Precisávamos sair da lanchonete e ir para um lugar seguro. Mas essa não era a hora.

Depois do FimWhere stories live. Discover now