CAPÍTULO 4

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SEGUNDA. 11/08/2014

Annabeth Chase

Sou empurrada na direção oposta que estava andando, caio de bunda no chão e provavelmente vou acordar com as nádegas roxas amanha sem nem apanhar. Concentro minha visão na moto que tinha batido de mim, o piloto conseguiu de alguma forma me emburrar para fora do caminho da moto, evitando que eu seja atropelada, mas ele caiu nesse processo com a moto por cima do corpo. 

Depois te conferir que a única coisa dolorida iria ser o meu bumbum eu me levanto e vou ajudar o irresponsável que nem devia ter carteira. Me aproximo enquanto ele tentar sair debaixo da moto e com certa dificuldade consigo tirar a moto pesada de cima dele e o capacete é jogando no gramado ao lado.

— TA CEGA, MENINA? — Percy era o motorista. Ele pressionar a mão e me ajoelho ao lado dele e pego sua mão que estava com alguns cortes e tinha um pouco de sangue. Ignoro o fato dele ter me chamado de cega, o errado aqui é ele!

— Precisa de um curativo. — digo ainda ignorando a carranca dele — Vem vou te levar na enfermaria. — digo e ele revira os olhos.

— Não precisa. — resmunga e eu cruzo os braços. Não posso deixar o cara arranhado e machucado no meio do estacionamento, certo? A culpa foi inteiramente dele mas eu quero depois ser responsabilizada por uma inflamação ou algo do tipo.

— Precisa sim,  deixa de marra. — digo e ajudo ele a levantar. A boa ação do ano já esta feita.

— Sabe andar de moto? — pergunta e eu digo que sim com a cabeça, não sei onde ele quer chegar com isso mas pelo menos não tá fazendo cara feita a cada palavra que eu digo — Coloca a moto no estacionamento pra mim — pede e eu subo na moto que está bem amassada para uma queda tão simples, ligo ela e coloco a moto no estacionamento.

— Onde fica a enfermaria? — pergunto olhando ao redor e ele parece se lembrar que eu sou novata, ele me leva até um corredor e passamos por uma porta dupla e branca com o nome "ENFERMARIA" em uma plaquinha.

— O que aconteceu com você? — perguntou a enfermeira se erguendo da mesa e olhando a mão de Percy e o braço, só então noto que o braço dele também estava arranhando, mas ainda não parece nada grave.

— Só uns arranhões. — disse Percy dando de ombros.

— Vou fazer um curativo. — ela vai lá dentro de uma salinha e Percy se senta na maca e eu vou olhar o braço dele, como se eu fosse algum tipo de especialista, puff. 

— Não parece que vá levar pontos, só machucou aqui? — pergunto e levanto a cabeça, encaro os intensos olhos verde e me perco, ele passa a mão no meu rosto e tira uma mecha de cabelo colocando ela atrás da orelha, sinto um formigamento onde sua mão toca e dá pra sentir a nossa respiração se misturando, seus lábios atrativos encostam os meus e começamos um beijo delicado, ele pede passagem com a língua e eu permito e nossas línguas travam uma batalha onde não ha vencedor, borboletas não se contentam em ficar apenas no estomago e seu toque na minha cintura enviam correntes elétricas pelo meu corpo, o ar se desfez e nos separamos. Quando ouço a porta se abrir me afasto e a enfermeira volta para sala, me jogo na cadeira que tinha ali. Eu já beijei caras do nada e sem nem sequer perguntar o nome, só precisa rolar um climas mas dessa vez a sensação foi bem diferente, não sei explicar o que mas tem algo de diferente.

A enfermeira logo terminou de fazer um curativo e saímos de lá em silêncio.

— Você tá atrasada. — ele fala quebrando o silêncio desconfortável que tinha ficando desde que nos beijamos.

Encontros de Papel (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora