capítulo 43

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Olá meus amores

Um breve recadinho

Sei que sumi por alguns meses e peço desculpas por isso. esse livro tem um significado muito especial pra mim e infelizmente nos últimos tempos tive um bloqueio muito grande.Tudo que eu escrevia não sentia que fosse bom o suficiente para vcs e isso fez com que eu me frustrasse bastante consequentemente me afastou daqui. Esse foi um dos principais motivos do meu sumiço, peço desculpas mais uma vez e agradeço por terem tido paciência ate aqui. Não sou experiente como autora é a primeira vez que publico algo do tipo então,é de grande importância que me digam o que estão achando. Para recompensar segue um capitulo novinho.

Obrigada por tudo!

Bjs da Ray

************************************************************************************************ *Sem revisão
Fernando

Poucas foram as vezeS que me senti como agora. Aquele olhar juntamente com o brilho da fogueira refletido em sua íris despertava o mais profundo desejo da minha alma, que se resumia em te-lá. Não conseguia me desprender de seus encantos, como s fosse uma droga e eu um maldito viciado. Cantei a música deixando transparecer tudo que ela aflora em mim, cantei olhando em seus olhos e sentindo tudo que eu não me permitia sentir nos últimos tempos. Ela tem sido a minha âncora para os dias em que o pior de mim se agita como o mar em dia de tempestade. Esqueci tudo de ruim e me concentrei em seu sorriso e vi que era tudo que eu precisava para aquela noite. Terminei a musica e vi refletido em seu olhar um misto de confusão e luxúria que fazia meu corpo reajir ao dela. Perder o controle por ela não me parecia ruim de fato. A conexão entre nós dois deixava meu corpo agitado e naquele breve momento de silêncio ao fim da música era como se existisse apenas eu, ela, o calor do fogo e o desejo. Mal escutava o que os outros diziam já que por segundos o mundo estava desligado apenas a imensidão dos belos olhos azuis se faziam presente enibriando meus sentidos e me deixando louco.

-Fernando ? A voz de Felipe fez com que eu saísse de meu transe e piscasse rapidamente algumas vezes.

-Disse algo ? Perguntei sem olha-ló mantendo minha atenção em Luisa que parecia serena sentada no banco a minha frente com uma postura ereta com suas belas pernas cruzadas e seu cabelo soltos balançando em meio a brisa que o acometia.

-É bom te ver tocar de novo.

-Pelo visto não esqueci. Respondi sem muito interesse pelo que dizia.

-Ainda bem que tio Ben o guardou com carinho afinal ele era da mamãe antes dela te dar.
Ao ouvir as palavras de Felipe desviei o olhar instintivamente para o instrumento que segurava. Ele era velho e alguns arranhões se faziam presentes. Tinha deixado de tocar a anos nem me recordava o porquê provavelmente por ele me recordar ela e a lembrança na época ser dolorosa para mim. Suspirei com a lembrança e tentei afastar os sentimentos que surgiam com elas. Dedilhei algumas notas absorvendo tudo que a simples menção do passado me causava. Me distrai com isso por alguns minutos e nem percebi um olhar acompanhar tudo o que fazia enquanto os outros conversavam assuntos aleatórios. Fechei os olhos e podia ver o rosto da minha mãe desenhado em minha mente, podia sentir seu perfume seu sorriso e pela primeira vez lembrar não era doloroso. Abri meus olhos e dou de cara com um olhar curioso me fitando. Vi a reação de seu corpo sobre o meu olhar e soube que a afetava da mesma maneira que era afetado. A taça em sua mão foi levada a sua boca carnuda vagarosamente e o líquido vermelho desceu por ela lentamente fazendo meu corpo soltar espasmos involuntários de excitação por imaginar sua boca desenhada em outras circunstâncias. Seu olhar fugiu do meu e a inquietude se fez presente no balançar de seu pé esquerdo evidenciando que algo a incomodava. Seria eu ? Ou o fato dela tentar fugir de mim? Meu subconsciente falava. Ela se mantinha concentrada na taça como se estivesse absorta no que acontecia ao seu redor. E o vinho que antes existia em sua taça logo deu lugar ao vazio fazendo-a levantar e se dirigir a garrafa mais próxima. Maldita hora que esses alcoólatras a ensinaram beber. Pensei. Aproveitei sua distração e me aproximei e vi seu corpo se ouriçar ao sentir meu toque sobre sua mão ao pegar a garrafa de vinho Um simples toque que acendia cada terminação nervosa dos nossos corpos.

Traços do DestinoWhere stories live. Discover now