capítulo 15

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*capítulo sem revisão
Fernando

Ela sai me deixando sozinho com a lembrança do seu sorriso.  E que sorriso, qualquer um se encanta com a beleza dessa mulher. Balanço a cabeça com esse pensamento, não posso achar essa mulher atraente nem por um instante além de ser minha funcionaria mal sei quem ela.  Suspiro percebendo que meu corpo não concorda muito com isso principalmente depois de ter aquele corpo curvilineo grudado ao meu agora a pouco.
Subo pro quarto e tomo um banho frio pra apagar tudo e qualquer lembrança do ocorrido na cozinha. Deito na cama mas o sono não vem e a mente me leva a lembranças esquecidas em um passado distante.
***

-Nando ? Por que você ta chorando ? Felipe pergunta ao se sentar do meu lado na cama.

-Nada pequeno.

-E porque a mamãe foi pra um lugar melhor ? Não chora, você disse que la ela não vai mais ficar brava e no vai mais sofre então tem que ficar alegre.

Sua inocência e tão grande que me faz sorri. Dez de que nossa mãe faleceu ele tem ficado mais falante e mais custoso, agradeço aos céus por ele não ter que sofrer tudo que estou passando.

Escuto uma batida na porta.

-Olha você agora vai ficar com a vizinha o Nando tem que sair pra trabalhar ta bom. Escova os dentes e vai pra cama cedo. Levanto e pego minha mochila enquanto ele me observa.

-Você vai demorar ?

-Não muito mas quando eu chegar voce ja vai estar dormindo .

-o que você vai fazer lá no trabalho?

- vender coisas para as pessoas. Agora tenho que or pelo se comporta. Bagunço seu cabelo e saio do quarto.

-Oi Senhora Suzi.  Ela me olha feio é ja sei o que é. - Amanhã sem falta pago os atrasados pra senhora.
Ela respira fundo .

- Olha Fernando, sei da sua situação e do seu irmão mas não seria melhor vocês irem pra um abrigo é melhor do que vocês ficarem assim.

-Não ! Lá eles iriam nos separar e ele é minha única família. Vou pagar lhe o que devo não se preocupe .

-Eu sei que vai, mas ainda acho que voce é novo demais pra assumir toda essa responsabilidade.

-Eu sei, mas eu consigo. Tenha uma boa noite.

Saio de casa antes que ela diga mais alguma coisa. Quando minha mae faleceu a algumas semanas atrás quiseram nos levar pra um abrigo, mas consegui me livrar da assistente social graças ao tio de Alex. Trabalho em uma conveniência a algumas quadras de casa, o salário é horrivel mas mantém a mim e a Felipe bem.
Ando mais um pouco até chegar no local, assim que entro vejo o dono escorado no balcão com caras de poucos amigos.

-Boa noite! Digo.

-Boa noite Fernando. Bom como não gosto de rodeios não preciso mais de seus serviços voce está dispensado.
Pisco algumas vezes sem acreditar.

- Mas... Como assim ??

-Olha isso aqui não da mais lucro então vou fechar. Ele pega alguns trocados no bolso e coloca no balcão. - pegue isso deve pra acertar o que te devo dessa semana agora voce pode sair vou fechar as portas.

Pego o dinheiro com ódio.  Saio sem nem olhar pra trás. Ando sem rumo por um tempo até parar e escorar na parede de um prédio. Não sei o que fazer custei arrumar aquela merda de emprego por ser de menor e agora e pior ainda tenho a mim e a Felipe pra sustentar.
Abro os olhos que nem ao menos tinha percebido que estavam fechados e olho para o céu.

Traços do DestinoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant