Capítulo 63

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Luísa
Sem revisão 

Senti a respiração de quente e lenta de Fernando n topo da minha cabeça evidenciando o quão próximos estávamos na cama. com cuidado me mexi podendo ver seu rosto mesmo, enquanto dormia ainda transmitia toda sua imponência e certa seriedade a não ser por seus músculos aparentemente relaxados e cabelo bagunçados que dava um ar de tranquilidade a ele. Não me mexi muito na cama para não acorda-lo ja que, nos últimos dias aparentava estar exausto mesmo não admitindo.  

Fiz caricias em sua barba que estava por fazer e vi um sorriso surgi em seu rosto.

-Costuma observar as pessoas dormindo anjo. Sua voz exalava certa rouquidão fazendo meu corpo reagir a ela.

-só aqueles que babam dormindo. brinquei e o vi abrir os olhos fechando semblante.

-Eu não babo, ja você não posso dizer a mesma coisa. Ri de sua provocação. Seu olhar se voltou para a janela que havia ficado aberta ontem. -Que horas são? perguntou observando a claridade do sol.

-Eu diria que são quase nove da  manhã. Respondi enquanto me sentava na cama me espreguiçando.
-Já, já me darão alta. disse não escondendo a alegria. Senti um beijo em meu ombro exposto  fazendo-me arrepiar, ao perceber trilhou um caminho de beijos lentos passeando por meu pescoço e retornando até o caminho de partida. Mesmo não vendo seu rosto sabia que o patife tinha um sorriso sacana estampado no rosto por saber que meu corpo sempre reage ao dele.

-Estou feliz por poder te levar para casa, odeio hospitais. Admitiu envolvendo seus braços no meu corpo.

-Compartilho do sentimento.

Assim que terminei de me arrumar a porta se abriu dando passagem a enfermeira para trocar o curativo e me informar sobre alguns cuidados ate a retirada dos pontos . Fernando observava e escutava atento cada gesto e fala de Anabete, vez ou outra seus olhos cravava em mim de uma forma tão intensa que me deixava sem ar. O médico também adentrou com os papeis da alta nos liberando em seguida me arrancando dos pemsamentos que aquele olhar em brasa me causavam. Despedi de Anabete que tinha sido um amor de pessoa comigo, havia me apresentado ao grupo de ajuda a vitimas de violência e mesmo com minha relutância me incentivou a ir ficando ao meu lado em cada reunião que participei como ouvinte. Ainda doía muito mexer com o passado ou revirar as minhas lembranças mas, sentia que estava na hora de encarar/superar tudo isso. E ouvir todas aquelas mulheres descobrirem sua voz talvez tenha me dado forças para contar o que vivi.

Saímos do hospital para minha completa e total alegria logo após receber os documentos de liberação. Me sentia melhor, ainda mancava um pouco e teria que ficar com os pontos por mais alguns dias contudo, só o fato de poder ir para casa aquecia meu coração de uma maneira singular. Quando chegamos ao estacionamento do hospital algumas lembranças me vieram a mente da última  vez que estive aqui com Alex e isso so reaformava o que faria.
Quando entrei no carro a sensação  era estranha, após me ajudar e entrar fazer o mesmo em seguida vi nos olhos de Fernando que para ele também era assim. Sorri afirmando estar bem e sua mão foi de encontro a minha a apertei levemente e levando até a boca depositou um beijo, deu partida no carro e seguimos.
A sensação de estar livre do hospital era incrível ficando ainda melhor quando o carro parou na porta da casa de Fernando.
- Bem vinda de volta meu anjo! Disse assim que abriu a porta de casa me dando passagem. Nunca liguei muito para memória olfativa mas, passar por aquela porta sempre me trazia uma sensação de paz e alívio.
Mesmo eu insistindo que não precisava de ajuda Fernando fazia questão de me apoiar até chegar a sala.

- Surpresa! Ouvi o grito de todos e um estouro de confetes nos cobriu me deixando coberta por serpentina e gliter. Olhei para Fernando que sorria cúmplice aos demais. Havia uma faixa pendurado com meu nome escrito e confete para todo lado.
- Bem vinda de volta. Paula se aproximou me abraçando e logo em seguida Laís.

Traços do DestinoWhere stories live. Discover now