Capítulo 35: Especial; a herança de um bastardo

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Pov Daniel

- O progenitor fugiu! Toquem os alarmes e soltem os cães!

- Não o deixem fugir! Matem-o se for necessário, mas ele não pode escapar.

Depois de anos nesse inferno eu finalmente tinha minha chance de garantir minha liberdade, fugir dos homens do Sr. Corfin. Não me importava saber que minhas patas estavam sangrando, não importava não ter conhecimento de minha localização e nem de um lugar seguro. Importava estar longe daqui, somente isso.

Mas eu estava sendo caçado, por homens, vampiros e cães. É, não importava o que eu deveria fazer para conseguir sobreviver, importava estar vivo longe daqui.

Como estaria Dayane? Aquela demônia. Onde Dominic estaria todo esse tempo? O filho de ouro. Eles teriam seus 21 e 25 anos, respectivamente, sendo paparicos por qualquer um desejando título ou atenção.

Mas como disse, o importante era estar longe daqui, então acelerei os passos ignorando toda a raiva e ódio que estava sentindo do local. O que eu realmente queria era matar tudo e todos ali, concentrei todas as minhas forças para espantar esse desejo.

- Peguem o bastardo! Se ele sair do limite da instalação atirem para matar! - Um guarda ordenou bem atrás de mim

Anos sendo mantido preso e torturado, era somente um rato de laboratório que todos desprezavam. Era compreensível para qualquer um a vontade e cada pensamento de morte que eu tinha, todavia, acima de tudo, eu queria paz e tranquilidade em minha vida. Para isto eu deveria abandonar todos os outros que estavam ali, alguns com a mente mais quebrada que a santidade em cerâmica de minha antiga casa, antiga vida.

Nessa vida, é cada um por si, matar ou morrer, fugir ou ser condenado. Não há tempo para compaixão.

Minha breve alegria de estar fugindo dali sumiu ao ver um precipício, mas o que seria pior que voltar para o Instituto? A morte com certeza que não. Então não me intimidei, abracei a oportunidade, se eu voltasse nunca mais teria uma oportunidade como essa.

Ouvi o barulho da água e me entreguei a ele me jogando do penhasco sem nenhuma dúvida que era isso que eu queria, mesmo que significasse que era meu fim.

Melhor a morte do que aquele inferno.

Demorou alguns segundos até eu colidir com força na água, fazendo meu corpo mergulhar com força e velocidade. Eu não conseguia ver o fundo e a exaustão me pegou. Meu corpo estava dolorido, machucado e esgotado. Eu precisava disso, precisava fechar meus olhos. Fechar meus olhos pela primeira vez com serenidade e paz. E eu percebi assim, uma parte de mim queria abraçar a escuridão eterna.

Não culpo essa parte.

(...)

Resmungar de dor, foi a primeira coisa que fiz quando senti minhas costas serem queimadas e toda a dormência de meu corpo. Grunhi de dor, ou até de satisfação, quando ondas de água chicotearam meu corpo. Abri os olhos me vendo deitado sobre uma rocha no meio de um rio. Me apoiei nos braços para sentir tudo, literalmente tudo, dolorido e machucado. Olhei para meu corpo vendo grandes hematomas no meu abdome, coxas e braços, até sentia meu rosto inchado. Olhei para trás vendo que o percurso da água era entre várias rochas.

Que porcaria.

Mergulhei meu corpo me segurando com dificuldade na rocha para aliviar a dormência das queimaduras de sol que sentia. Depois de um longo tempo tentando descansar meu corpo eu arisquei nadar até a margem, o que foi um pouco difícil pelo meu estado e pela correnteza, e andei buscando abrigo.

A Loba SelvagemWo Geschichten leben. Entdecke jetzt