Prólogo

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Pov Narrador

- O progenitor fugiu! Toquem os alarmes e soltem os cães!

- Não o deixem fugir! Matem-o se for necessário, mas ele não pode escapar.

Homens e cães caçavam o garoto fugitivo que buscava sua liberdade, com apenas 18 anos ele era o culpado e vítima de tanto sofrimento.

Ele queria uma casa para se sentir seguro, uma família para o proteger, alguém para o amar.

Junto ao seu lobo, que possuía uma pelagem quadricolor em branco, caramelo, marrom e preto, corria entre a mata alta desviando das árvores. Não sabia onde estava ou para onde ir, mas ele precisava fugir dali.

- Peguem o bastardo! Se ele sair do limite da instalação atirem para matar! - Um guarda ordenava.

Anos sendo mantido preso e torturado, ele era somente um rato de laboratório que todos desprezavam.

Ele não iria mais permitir isso. 

O jovem passou horas e horas correndo de seus carrascos, abandonando todos os outros que estavam sendo mantidos presos.

Nessa vida, é cada um por si, matar ou morrer, fugir ou ser condenado. Não há tempo para compaixão.

Logo ele vê um penhasco em sua frente e não se intimida, não será isso o que deterá ele a desistir de seus planos. Outra chance para uma fuga pode nunca mais acontecer.

Melhor a morte do que aquele inferno.- Pensou

(...)

- Líder, o objeto de estudo fugiu. O que faremos? - Um capanga diz ao seu líder.

- Ele não é o objeto principal do estudo, é uma fêmea legítima classe A, ele só contribuía para a pesquisa. Mas agora os planos mudaram, ou desviaram um pouco do foco. - O líder diz bebericando seu café sorrindo.

- Não deseja mais Dayane Montenegro? - Outro capanga pergunta.

- Óbvio que desejo, ela, ou a futura Luna, é fundamental para o estudo principal, possui os genes da grandeza. - O líder se vira para os seus capangas incrédulo por dizer algo tão óbvio.

- O que quer que façamos com o bastardo? - Um dos capangas diz

O líder olha para as cápsulas de vidro ali presentes e sorri.

- Tragam-no, morto ou vivo. Ele não pode abrir a boca para gente indevida sobre o que está acontecendo, a fase A falhou mas a B está dando resultados, seus genes não são mais necessários, não me importo mais. - Bebe outro gole de seu café - Deem um jeito no bastardo e vamos avançar o estudo com as finalistas.

- Sim, senhor! - Os capangas que estavam ali se dissipam.

- Doutor? - O líder diz indo em direção ao diretor do projeto que se mantinha parado no canto do cômodo - Como vão as finalistas? - Pergunta analisando ao redor.

- 10 de 47 criações viáveis sobreviveram a seleção natural da fase B. 6 progenitoras das finalistas sobreviveram, possivelmente pelo doador de esperma ser um bastardo. - O homem diz nervoso ajeitando seu óculos e seu líder passa por ele.

- Elas têm potenciais?

- As crias têm entre 8 e 2 anos, senhor, não é possível determinar suas eficiências antes de suas transformações ou antes de suas puberdades. - Responde o doutor de costas para seu líder

- Os garotos, como ficaram? - O líder pergunta vasculhando uns cadernos ali presentes.

- As crias indesejadas foram direcionadas para uma educação física e psicológica militar, serão eficazes para servir ao senhor no futuro ou úteis para o estudo no mais tardar.

- Tudo bem. Como vai nosso Supremo? - O líder diz dando um último gole em seu café.

- Deixou sua alcateia por motivos pessoais. Se formos cuidadosos demorará anos para o Alfa nos descobrir.

- Ótimo, sua ausência irá nos beneficiar bastante em pegar e preparar nossos ingredientes. Jones quase estraga o projeto Corfin naquele ataque - O líder levanta sua xícara - Que descanse em paz nosso fundador, sua imagem nunca será esquecida quando seus estudos ganharem fama e exaltação. Antônio ainda vive enquanto esse projeto estiver em pé. - Põe a xícara na mesa.

- Sim, literalmente, seus genes estão presentes nas finalistas - O homem diz relatando o óbvio e o líder olha entediado para o diretor que coordena os estudos - Nomeei as finalistas com números ordinais, de primeira a décima, em ordem decrescente de nascença. Esta ordem é por achar que as mais jovens terão mais sucesso no objetivo, pois provavelmente as mais velhas serão mais testadas então já saberemos o que fazer com as que vierem depois. 

- Ótimo, você é bem competente - O líder se aproxima do diretor e coloca a mão no seu ombro - Quero a maior quantidade de finalistas possível para concluir o plano. O mínimo de perdas, okay? - Diz e o diretor assente - A cada perda irei arrancar um dedo de sua mão. - Fala simples e caminha para a porta.

- Mas senhor, não consigo forçar seus corpos a suportar os testes que ocorrerão, além de que, se eu não conseguir como irei continuar o projeto sem conseguir manusear os instrumentos? - Diz o diretor amedrontado e com a esperança de mudar a decisão de seu líder.

- Tem razão, irei arrancar os dos pés então, não intervirá na conclusão do projeto. Use isso como incentivo para não falhar - O líder sai do recinto deixando o diretor imóvel e nervoso.

O doutor suspira pesado recompondo sua postura e segue até sua mesa, ele encara as cápsulas presentes no cômodo com algumas crias pensando em maneiras de fazer tudo valer a pena. 

Essas crianças não valem tanto quanto inúmeras outras. Mais algumas perdas não mudariam nada, errado seria ficar parado. Bastardos não merecem apreço, pena ou compaixão, são pecados. Não dá para pecar contra o pecado. - Pensa tentando se convencer que aquilo não era desumano ou errado.

Pena que nem tudo são flores.

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Olá povo, bem vindos ao novo drama da trama ❤️

Tinha falado que a estreia seria dia 10 então aqui está o prólogo. Os dias de postagem serão segunda e sexta, começando agora dia 12.

Vamos começar esse livro logo. Os espero nos próximos capítulos ❤️ ❤️

Bjss e até mais.

(976)

A Loba Selvagemحيث تعيش القصص. اكتشف الآن