Capítulo 34: Especial, Dia de Fardos (B)

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Especial: Dia de Fardos; Lembranças, Daniel Montenegro. Queda da família Corfin [versão B]

Pov Daniel.

 - Dominic, Daniel e Dayane, quantas vezes eu tenho que dizer? Tirem os sapatos antes de entrarem. - Diz minha mãe, Diana, na porta da sala.

O chão estava empatinhado de terra e lama.

- O Dan estava jogando bola lá fora. - Day, que evidentemente estava com os pés sujo, me acusa.

- Mentira! Dayane foi descalça lá fora! Olha lá - Digo apontando para os pés dela e a mesma foi para trás do móvel.

- Daniel foi sim jogar bola. - Dom se pronuncia sem tirar os olhos do celular enquanto estava esparramado no sofá.

- Foi ele! Garotos não sabem se comportar - Day diz limpando os pés num pano de prato.

- Mãe é olha, olha!

- Não adianta discutir, foi os dois. - A mãe responde impaciente enquanto penteava seus cabelos com os dedos

- O meu pé está limpo o dela não.

- Cala a boca. - Dayane murmura com raiva.

Essa idiota

- Vem me fazer calar. - Digo irritado a ela que retornou o olhar, de canto de vista eu vi meu pai passar visivelmente emburrado no corredor.

Mas quando que ele não está emburrado?

- Não briguem crianças! Amor? Você dá a bronca agora, estou cansada deles me ignorarem. - A mãe diz e meu pai caminha irritado até a gente.

- O deixe de castigo e bata nele, vai pensar duas vezes antes de ir contra as regras.

- Ei, aconteceu alguma coisa? - Minha mãe, antes impaciente, pergunta preocupada.

- Não, só faça. - Diz meu pai, Jones, agora encarando a mim com raiva.

E Dayane? Por que só eu tenho que pagar o pato?

- Dominic, me ajude com as crianças, por favor. E vocês dois, já para o quarto, não quero ver os dois fora dele até eu ir conversar com os ambos - Ela diz apontando para mim e para Day com sua cara de brava que congelava todo o meu sangue - Estão esperando o quê? Agora. - Diz com seus olhos lupinos fazendo eu e Day corrermos escada acima.

Eu era o mais novo dos irmãos, com meus 10 anos, tendo a Dayane com 12 e o grande Dominic com seus 16. As vezes me sentia excluído, sendo somente o caçula sem graça. Dominic era o futuro Supremo, o filho pródigo, e Dayane era a princesa da família, a filha sapeca que sempre conseguia ganhar as atenções dos outros com suas travessuras e graça. Eu era o filho quieto, o que poderia ser o substituto de Dominic, que sempre ficava no canto com seu videogame portátil enquanto o assunto e a atenção era os outros filhos.

Eu não precisava de tanta proteção ou cuidados, não era predestinado para nada e era naturalmente tranquilo e obediente, o que ajudava em ser o filho excluído.

Com pesar e curiosidade, eu parei no meio da escada para ver minha mãe ir até o escritório preocupada com seu marido. Eu quis ir atrás dela para saber do que se tratava, saber porque meu pai estava irritado, mas Dominic chamou minha atenção no pé da escada me impedindo de se quer analisar a opção. 

- Escutou a mãe, vai para o quarto moleque - Diz subindo as escadas e chegando até mim para bagunçar meus cabelos - Esquece isso, nossa mãe não faria mal para você. Se quiser pegar alguma coisa da Dayane como vingança eu finjo não ver - Ele sugere e eu abro um sorriso com o possibilidade - Agora vai pirralho. Escutou, está de castigo - Diz empurrando minhas costas me fazendo lembrar da realidade. 

A Loba SelvagemDär berättelser lever. Upptäck nu