• Se Arrependimento Matasse •

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"Filho da puta, foi esperto em saber que eu daria um chute bem no meio do saco dele com meu salto".

Revirei os olhos.

- Onde estávamos?... aé, onde você daria uma visitinha ao inferno e finalmente me livraria de você. - Ele andou até a mesa e pegou uma Karambit afiada - O caminho do meu filho vai ficar livre para a Sung.

- Tu é mesmo cego né, seu velho? - Revirei os olhos mais uma vez - Eles não se amam, nunca vão se amar, e se quer saber o seu filho vai acabar me achando, então para com essa tortura e esse discurso e me mata logo.

Ele negou, ainda sorrindo feito um psicopata.

- Não, gosto do prazer em ver meus alvos sofrendo e clamando pela vida, sabe querida você poderia mudar de idéia e sumir de Seoul pra sempre.

- Esquece, nunca vou implorar pela minha vida, um babaca não merece minhas lágrimas, então vá em frente. - Minha implicância já estava o deixando bravo, não esperava que eu fosse agir de tal maneira que me diferenciasse das outras.

Serrando os dentes em fúria, seu rosto ficou vermelho e sua mão direita se levantou em minha direção. Virei a cabeça pro outro lado, tudo o que senti foi meu rosto arder demais e algo escorrendo em minha bochecha.

Ele tocou na minha bochecha e mostrou para mim. O sangue sujava seus dedos e o sorriso nos lábios do Senhor Kim era amedrontador.

[...]

*Kim SeokJin On*

- Oi Sook, viu a Ae-Cha por ai? Não a vi desde que deixei ela com vocês. - Sim, os minutos se passavam rápido demais e até agora nenhuma notícia da Ae-Cha.

Sei que minha mãe me pediu para ter calma e esperar por ela, mas meu pai sumiu também e Sung não foi diferente. Estava começado a achar que tinha algo errado nessa história.

Os meninos me chamavam para fazer o discurso e falar um pouco sobre as novas coleções, porém, nada mais parecia me importar a não ser o fato de que a garota que eu amo, sumiu.

- Ela estava com a Momo, mas depois com Sung. Depois disso eu não a vi mais na festa. - Meu chão caiu naquele momento, agora sim eu começava a desconfiar de que isso tem haver com meu pai.

- Jin, tem alguma coisa acontecendo que eu não sei? Por favor me conta, se a minha amiga estiver em perigo eu preciso saber.

- Meu pai cismou com a Ae-Cha, ele vai fazer de tudo para tirar ela do meu caminho e estou começando a desconfiar de que ele fez alguma coisa com ela. - Levei meus cabelos para trás, Sook se desesperou a mesma custa que eu - Fique tranquila, eu vou atrás do meu pai assim que eu terminar o discurso.

- Vou com você. - Ela disse por fim.

Yoongi e Namjoon me chamaram ao meio do salão para o discurso final. Todos os entrevistadores, editores e a produção de marketing da revista, entre os outros convidados estavam ali esperando que eu falasse algo.

- Cof Cof, Boa noite pessoal.... - Antes que eu pudesse começar, Sung apareceu no meio dos convidados e sua expressão foi o que eu precisava para ter certeza de que algo estava acontecendo. - Sung? - Cobri o microfone com a mão ao ver que ela se aproximava de mim e dos meninos.

- Jin, você precisa vir comigo, seu pai me fez pegar informações da Ae-Cha para dar o troco nela, ele a sequestrou e vai mata-la se não o impedir-mos. - Sua respiração estava ofegante e acelerada demais. Quase não conseguia falar. - Eu não sábia que ele queria matar ela, esse não foi o nosso acordo. Pensei que seu pai só queria dar o troco a ela.

- Troco de que exatamente? - Os meninos ouviam atentamente, minha raiva ativou quando ela me disse isso, não só pelo fato dela ter mentido para mim, mas por colocar Ae-Cha em perigo.

- Ele não me disse nada, nadinha mesmo. Seu pai é cheio de segredos.

- Esse cara tem problema só pode, vamos atrás dela logo, Jin. - Jhope foi o primeiro dos meninos a se oferecer para ajudar.

- Não, vocês ficam aqui e fazem o discurso, cuidem de tudo que eu, Sung e Sook vamos atrás do meu pai. - Mandei autoritário, dando uma batidinha leve no ombro de Namjoon - Chame a policia, Sook vai te mandar o endereço assim que Sung me levar até lá.

- Pode deixar... tomem cuidado e qualquer coisa me liga. - Ele fez o mesmo ao tocar em meu ombro. Sung e eu fomos até Sook, ela falava com os amigos da faculdade, mas todos pareciam preocupados. A esse ponto já devia saber que eles foram informados por ela.

Os quatro se separaram quando eu e Sung nos aproximamos deles.

- Sook, a Sung sabe onde está Ae-Cha, ela foi sequestrada pelo babaca do meu pai, vamos atrás dela. Tem certeza que quer ir?

- Ai meu Deus, minha amiga... - Yun tampou a boca com as mãos - Vou também, toda ajuda é bem vinda....

- Não... meu pai é perigoso e pode tentar matar a gente, fiquem aqui e tentem manter a calma. - Fui obrigado a discordar, odiaria se alguém morresse por minha causa. Já bastava de tudo isso, se meu pai quer guerra, então é guerra que ele vai ter.

"Mas na Ae-Cha ele não toca"

- Vamos logo, meu carro vai ser melhor, se formos com o seu, seu pai pode desconfiar antes mesmo da gente chegar lá. - Murmurou Sook.

Olhei para Sung e ela concordou de que seria uma ótima ideia. Barulho de salto se fez presente atrás de mim, mamãe acabava de se aproximar segurando uma bolsa de mão.

- Tem mais uma vaga no carro? Sua mãe adoraria dar umas boas e poucas no seu pai.

Em minutos, nós quatros corriamos para o carro de Sook, desesperados para não chegar-mos tarde demais. Não poderia pensar no pior de ter perdido Ae-Cha para sempre, meu coração não aguentaria.

Pode ser ridículo da minha parte, mas não me importo, se for para tê-la ao meu lado então faria qualquer coisa para que isso acontecesse.



Nem que para isso tenha que matar meu próprio pai.

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𝕸𝖞 𝖇𝖔𝖘𝖘 °𝕂𝕀𝕄 𝕊𝔼𝕆𝕂𝕁𝕀ℕ°  [Terminada]Onde histórias criam vida. Descubra agora