Capítulo 05

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Marina

Abri meus olhos em um quarto absurdamente branco e confesso que levei uns segundos para me situar, só acordei de verdade quando o vi colocando um bandeja de café da manhã na cama. Senti meu rosto queimar, mas eu ja tinha dormido com ele e provavelmente tinha roncado, então não havia mais motivos para ter tanta vergonha, não é?

Comemos tranquilamente conversando sobre uma infinidade de assuntos, ele era muito divertido, fazia algumas piadas e isso me fazia rir horrores. Não vou mentir que o fato dele ter feito tudo aquilo por mim - porque segundo ele não havia nenhum funcionário na casa nos fins de semana - me surpreendeu. Quando terminamos de comer me levantei para ir ao banheiro, havia deixado minhas coisas ali quando cheguei, então aproveitei para escovar os dentes e dar uma ajeitada no cabelo, apesar de não me sentir de ressaca a minha cara denunciava que eu havia passado um pouco da medida da bebida.

Dei uma conferida no celular, que havia deixado carregando em uma tomada ali mesmo no banheiro, respirei bem fundo antes de abrir as mensagens que haviam.

Whatsapp on

Gustavo: Bom dia Mari, consegue me ajudar a saber por que Carol não está falando comigo?

Eu: Bom dia Gustavo, Pega a sua filha, saia com ela e seja sincero. considere que ela é uma adolescente muito mais madura do que éramos quando tivemos ela. Não trate ela como criança que vai dar tudo certo. Ah, Parabéns pelo bebê.

Gustavo: Caralho, sabia que ela tinha escutado.

Eu: Ela é tão boa de ouvido quanto você, não diga que eu contei. Boa sorte.

Gustavo: Obrigada, vc sempre me salvando.

***

Karina: Dá pra dar sinal de vida? Já tá tarde princesa.

Eu: Bom dia pra você também. Acabei de acordar, tô viva, inteira.

Karina: Sexo pela manhã é exaustivo, eu entendo kkkkk

Eu: cala a boca karina kkkk

Whatsapp off.

Sai rindo do banheiro e o vi deitado rindo de algo no celular, caminhei até a cama e me sentei, servi mais uma xícara de café . Assim que me notou ele colocou o telefone na mesa de cabeceira e se virou para mim.

--- Tô adorando sua companhia, sabia? - perguntou se aproximando mais de mim - faz tempo que não fico assim.

--- Você também é uma companhia muito agradável - respondi lhe dando um selinho - também faz muito tempo que não fico assim, leve.

--- Cê parece o tipo de pessoa que leva a vida muito a sério, não devia - disse sorrindo, o que me fez sorrir também.

--- Eu crio uma adolescente sozinha, a vida é séria demais - falei rindo e ele pareceu pensar sobre minha resposta.

Senti seus olhos, intensos, fixos em mim. Dei um sorriso tímido e ergui a xícara pronta para tomar mais um gole do café, preto e forte, e tentar me manter acordada e quem sabe me livrar da ressaca. Seus olhos ainda me encaravam e cada vez eu me sentia mais envergonhada, meu rosto parecia esquentar a cada segundo.

Sua mão, esticada, tocou as minhas que seguravam a xícara e a abaixou fazendo com que eu a levasse de volta a bandeja. Ele se ergue e esticou seu corpo sobre ela a retirando do caminho, deixando nossos rostos a poucos centímetros de distância

Nossas respirações se misturavam e nossos olhos pareciam presos um ao outro, como se uma sinergia corresse entre a gente

Pela primeira vez ele me beijou com mais intensidade, sem delicadeza e isso foi incrível, ainda melhor que a infinidade de beijos que haviam acontecido antes. Após alguns segundos involuntariamente levei minha mão a sua nuca, o puxando mais e mais para mim. Como se meu corpo precisasse do dele.

Pergunta bobaWhere stories live. Discover now