Capítulo 24

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✿*:・゚RECOMEÇO ゚・:*✿

Depois da pequena recepção que fizemos para nossos convidados eu não via a hora de ir para casa

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Depois da pequena recepção que fizemos para nossos convidados eu não via a hora de ir para casa. Para a minha nova casa, com o meu marido. Mamãe já havia levado a maioria de meus pertences para a casa de Charles então eu não precisava me preocupar tanto. Pelo menos não com os meus objetos pessoais. Eu e Charles certamente disputaríamos espaço na biblioteca para abrigar tantos livros. Mamãe disse-me que eu não precisava levar todos e que ela guardaria alguns em sua casa. Mas eu não renunciaria a nenhum só.

— Bem-vinda oficialmente a sua nova casa! — Ele me mostrou tudo. — Você pode mudar o que quiser.

Apenas concordei e fomos em direção ao quarto. Charles tinha extremo bom gosto e eu certamente não mudaria quase nada. Apenas adicionaria um toque mais feminino a casa. Me sentei na cama e ele ficou encostado ao batente da porta me olhando. 

— Não vai entrar? — Eu perguntei um pouco aflita. Eu certamente estava nervosa.

— Aurora, eu só... — Ele hesitou um pouco, mas logo concluiu: — Não quero que se sinta pressionada a fazer nada. Eu posso esperar o seu tempo.

Chamei ele com a mão e pedi para que ele se sentasse ao meu lado. Ele hesitou um pouco, mas venho não muitos segundos depois. Ficou calado a me fitar, esperando que eu dissesse algo.

— Eu sempre estive pronta.

Ele me olhou e sorriu com apenas um canto dos lábios. E então ele me beijou. Um beijo tímido e lento, mas que só fez o calor que sentíamos por dentro aumentar. Ele soltou o prendedor que segurava meu cabelo, o fazendo cair sobre meus ombros.

— Você fica incrivelmente linda com os cabelos soltos. — Ele passou a mão pelos fios em um gesto carinhoso e eu não pude evitar pensar nas mãos dele percorrendo todo o meu corpo.

O beijei novamente, agora com um pouco mais de intensidade. Ele começou a tirar sua camisa e eu me peguei completamente hipnotizada por cada movimento que ele fazia. Ele voltou seus lábios macios aos meus e sorriu ainda sem sair do beijo.

Coloquei vagarosamente a mão sobre os fechos de meu vestido e comecei a abri-los de um por um.

— Por favor, não me torture e deixe que eu tire seu vestido. Quero ter todas as melhores sensações possíveis com você.

Assenti e ele começou a abrir fecho por fecho do vestido, ainda mais devagar do que eu. Já despida eu não pude não corar. O jeito como ele me olhava...

— Você é linda! — Sussurrou em meu ouvido me fazendo arder em desejo.

Beijou toda a extensão de meu pescoço e explorou todo o meu corpo com seus lábios. Suas mãos contra minha pele lisa e seus olhos vidrados nos meus.

Naquele momento sim, eu não tive mais só certeza, mas também a prova de que tudo que eu sentia era recíproco. Eu o amava e ele me amava na mesma intensidade, eu o desejava e ele me desejava na mesma intensidade, eu o queria e ele me queria na mesma intensidade. E eu sabia que aquilo não era uma coisa momentânea que passaria com o tempo. Era amor, o mais singelo dos amores. E eu não entregava apenas meu corpo, eu entregava também a minha alma. E todos os meus sentimentos, medos, sonhos, prazeres e emoções. Ali sim, nos unirmos por completo. Não diria como unha e carne, mas como dois seres que necessitavam agora um do outro para serem totalmente completos.

Acordei um tempo depois dolorida em partes que eu nem achava possível sentir dor

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Acordei um tempo depois dolorida em partes que eu nem achava possível sentir dor. Mas sorri ao lembrar do que havíamos feito não muitas horas atrás. Charles dormia com uma expressão relaxada. Passei a mão por sua barba rala e um sentimento bom me invadiu. Senti pela primeira vez — desde o momento em que havia chegado — que aquele realmente era o meu lugar.

Charles abriu os olhos devagar e sorriu ao ver que eu o fitava.

— Está acordada há muito tempo?

— Não. Mas ainda não consegui sair da cama.

— Você está com dor? — Ele fez menção de se levantar, mas eu o impedi.

— Não muita. — Eu sorri. — Não precisa se preocupar tanto. Não consegui sair da cama porque fiquei te olhando dormir.

Ele sorriu de canto e começou a acariciar minhas costas nuas.

— Acredito que me apaixonei depois que você me bateu.

— Como?

— Na casa de Olivia. No jardim. Acredito que me apaixonei naquele dia.

Eu ri.

— Você mereceu aquele tapa.

— Não mereci coisa nenhuma. — Ele riu. — Eu lhe juro que não iria beija-lá. Queria apenas colocar a flor em seu cabelo.

— Jurar é pecado, Senhor Brandon.

— Apanhar sem ser culpado também deveria ser, senhora Brandon.

— Tudo bem. Se você diz que não iria beijar-me irei acreditar em sua palavra.

— Você fala deste modo porque, no fundo, o que mais queria era me dar um beijo. Eu tenho muitos encantos.

— Convencido. — Ele riu.

— E agora? Será que posso beija-lá?

Concordei com a cabeça.

Virei-me e fiquei de costas para a cama. Charles se debruçou sobre mim, mas sustentou seu peso com os braços. Me deu um beijo lento, como se quisesse que eu soubesse que não precisávamos ter pressa pois teríamos toda uma vida. Seus lábios estavam mornos e me arrepiei quando senti a barba rala tocar meu queixo. Continuo o beijo até ficarmos sem fôlego.

— Vou trazer seu café da manhã. — Disse ao sair de cima de mim, deixando-me apenas com um desejo de quero mais.

— Na cama? Assim vou ficar mal acostumada. — Sentei-me.

— Não se preocupe, pois, te mimarei muito mais. — E então ele sumiu pelo corredor da casa.

Me joguei de costas sobre a cama e sorri.

O Amor De Um Conde Where stories live. Discover now