Capítulo 2

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✿*:・゚FUGA ゚・:*✿

Escuto batidas na porta do meu quarto e então me assusto

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Escuto batidas na porta do meu quarto e então me assusto. Eu normalmente acordava com os raios de sol. Levanto-me e ao abrir a porta me deparo com Florence, minha irmã. Ela me olha de um jeito diferente, adentra o quarto sem minha permissão e senta-se sobre minha cama. Aquilo sim, era uma atitude estranha vindo da parte dela. Ela não era de invadir o espaço pessoal dos outros, suponho que ela fazia isso para também não invadirem o dela.

Florence e eu tínhamos apenas um ano e alguns meses de diferença. Era bom ter uma irmã quase da sua idade. Alguém que de alguma forma podia te entender.

— Ocorreu algo, Florence? Me assustei ao ver o jeito em que você adentrou. Você nunca entra nos meus aposentos deste modo.

— Acredito que estou apaixonada! — Ela diz, mas consigo perceber que seus pensamentos estão distantes.

Fico surpresa por um minuto. Apaixonada? Jamais, poderia imaginar que essa frase sairia da boca de Florence. Não que eu supusesse que ela seria infeliz, mas nunca pensei que, minha irmã, era do tipo que se apaixonava. Acho que eu já colocara na cabeça que as pessoas se casavam apenas por interesses financeiros e classes sociais. E eu estava certa — na maioria das vezes.

— Isso é maravilhoso! Quem é o felizardo? — Ela continua a olhar-me, mas em sua feição parecia haver tristeza. — Tem um porém... Não é mesmo? — Meu estômago se contorceu de ansiedade.

— É o senhor, Philliph Finch. O Duque de Wellington. — Ela põe a mão sobre o coração e se joga de costas sobre a cama.

Eu já havia deduzido que ela estava em más lençóis, mas drama sempre fizera parte da personalidade de Florence. Quando quebrei o braço, um pouco mais nova, Florence disse a papai e mamãe que eu morrera após cair de uma árvore. Mamãe chorou por horas até descobrir a verdade.

— Isso não é bom! Papai nunca a deixaria casar-se com ele. Ele é muito libertino. Por que logo ele, Florence? E por que você não trata desses assuntos com as suas amigas?

— Não mandamos nos assuntos do coração, Aurora. Você terá que me ajudar a convencer papai. E eu quero tratar desses assuntos com você. Você que é minha irmã e melhor amiga.

Sorrio com ternura para ela. "Não mandamos nos assuntos do coração", aquilo estava ecoando pela minha cabeça infinitas vezes. Do que adiantava nutrir bons sentimentos se não os podíamos controlar? E a parte mais difícil sempre tinha que sobrar para mim.

— Será difícil, mas não impossível. Se o senhor Finch pelo menos ficasse um pouco fora dos escândalos de Londres... Seria mais apropriado.

— Tratarei deste assunto com ele. — Ela pareceu viajar em seus pensamentos novamente. — Ele é tão belo, não é mesmo? Aqueles olhos castanhos escuros...

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