Arya Kira Clover é uma princesa, destinada a governar todo o Reino Clover. Apesar de viver no conforto de um castelo e usufruir de toda riqueza e privilégios que poderia ter, sua vida nunca foi perfeita como todos pensam.
Depois da morte da mãe, el...
E assim, Lucius foi capaz de acertar ambos com a mão livre que segurava a espada, desferindo um corte profundo no peito deles. O corte fatal fez o sangue jorrar no ar.
Arya e Yuno gritaram ao mesmo tempo. Lucius, por sua vez, sorriu mais uma vez com a sua vitória, os olhos frios refletindo apenas prazer em ver seus inimigos tombarem — ele não tinha pressa, era apenas questão de tempo até todo o mundo se render ao seu domínio. Erguendo as mãos lentamente e fazendo o chão tremer, os paladinos que haviam sido derrotados anteriormente pelos Cavaleiros Mágicos começaram a se erguer de novo, de volta à vida.
Mas dessa vez suas aparências haviam mudado de forma grotesca. Já não possuíam mais as feições angelicais que carregavam antes. Os olhos brilhavam com pupilas em forma de fendas estreitas, os dentes se alongavam até se tornarem presas afiadas, as mãos se transformavam em garras, e suas auras exalavam uma fome insaciável por sangue e destruição. Era como se tivessem sido corrompidos de uma vez por todas, sem qualquer fragmento de humanidade.
Isso não acontecia apenas naquele campo de batalha. Por todo o reino, magos que já estavam exaustos, sem forças nem mana, observavam aterrorizados a nova leva de paladinos surgindo. A esperança que ainda restava pelos cidadãos começava a se desfazer, substituída pelo pânico absoluto.
Asta e Liebe desabaram no chão, o sangue se espalhando rapidamente pelas pedras abaixo deles. Arya correu até eles sem hesitar, ela estendeu as mãos trêmulas e começou a canalizar um feitiço de cura. A jovem rainha se concentrou, tentando estabilizar os dois.
Enquanto isso, Yuno não tinha tempo a perder. Ele agarrou o grimório com firmeza, e a sylph Bell surgiu ao seu lado, trabalhando em sincronia. A Magia de Estrelas se entrelaçou com a Magia de Vento, criando um fluxo explosivo de poder enquanto Yuno se locomovia em um piscar de olhos, desaparecendo e surgindo em outro ponto, cada vez mais veloz, usando o vento para impulsionar cada ataque com a espada.
Seus cortes eram precisos e constantes, atingindo Lucius em diferentes ângulos. Alguns cortes superficiais surgiam no corpo inimigo, mas em questão de segundos eles se fechavam, a regeneração rápida. Ainda assim, cada investida de Yuno mostrava uma força extraordinária, um potencial que nem mesmo ele havia demonstrado antes.
— Yuno... — sussurrou Asta, sua voz fraca, enquanto um filete de sangue escorria de sua boca pelo esforço de se manter consciente.
Arya imediatamente se inclinou sobre ele, pressionando a mão esquerda contra a ferida, ordenando com desespero que ele ficasse parado. Mas os olhos de Asta ainda brilhavam com obstinação de sempre, mesmo que fracos, e com um movimento trêmulo, estendeu sua espada em direção ao rival, entregando-a. Ele queria que Yuno a usasse, compartilhando a anti-magia com ele.
Asta sorriu. — Vai na frente, Yuno, estamos logo atrás de você.
O príncipe os olhou por cima do ombro. Ele sorriu, confiante, e assentiu antes de segurar a espada de tamanho médio. A lâmina pulsava com o poder demoníaco da anti-magia, e sua energia reagiu ao toque de Yuno imediatamente.
Seu corpo brilhou em contraste: o lado direito agora se cobria por tons de preto profundo com detalhes vermelhos, asas demoníacas se expandiam atrás de si. O verde vibrante de sua mana de vento e estrelas reluzia ao redor, criando uma fusão perfeita. Yuno Grinberryall ergueu a espada imbuída com anti-magia, pronto para enfrentar Lucius, e logo começou a atacar.
Arya sorriu, surpresa. Ela viu a confiança hesitar nos olhos do pai, algo raro de presenciar. Era como se ele não tivesse previsto aquela possibilidade, como se algo tivesse escapado de sua calculada previsão do futuro. Essa pequena brecha no semblante dele trouxe à rainha uma centelha de esperança.
Yuno e Lucius voltaram a lutar com energia renovada. Dessa vez, a intensidade era ainda maior, e o nível da batalha se elevava a cada segundo. Abaixo deles, partes do Castelo Clover eram atingidas pelos impactos dos feitiços lançados, torres se partindo ao meio e caindo em ruínas. No entanto, mesmo com a luta principal acontecendo no céu, os paladinos ainda permaneciam espalhados pelo restante do território, lutando sem descanso.
Por um momento, enquanto ainda curava Asta e Liebe, a rainha desviou o olhar da luta principal. Seus olhos se voltaram às projeções mágicas no ar, mostrando o restante das batalhas que aconteciam simultaneamente pelo reino. Ela observou antigos inimigos de outrora agora se uniam por uma causa maior. Pessoas como Sally e Rades, lado a lado, no Laboratório de Pesquisa de Ferramentas Mágicas, combinando sua ciência e necromancia em algo que poderia salvar vidas. Viu magos do Reino Diamond que agora entravam em seu território como aliados, reconheceu os elfos Raia e Patry, e tantos outros amigos e aliados estavam ali, reunidos pelo mesmo motivo.
Arya voltou a olhar para o amigo que permanecia inconsciente ao seu lado, mas que já apresentava melhoras. Asta respirava de forma pesada, o corpo marcado por cortes e hematomas que lentamente sumiam e formavam uma grande cicatriz no centro do peito.
– Está vendo, Asta? Graças a você, eles vieram nos ajudar. Você transformou até antigos inimigos em aliados.
De repente, um som chamou sua atenção.
A jovem rainha ouviu passos leves se aproximando, e Arya se levantou de imediato, o corpo tenso e preparado para o ataque. Sua mana começou a brilhar em dourado ao redor, pronta para usar um feitiço ao conjurar um cajado, mas então a arma caiu de sua mão, tilintando no chão.
Era uma bela mulher da mesma altura que ela. O vestido que usava era longo e branco, pequenos diamantes incrustados no tecido abraçavam suas curvas com elegância, dignos de uma governante. Seus cabelos loiros e longos estavam presos em um coque alto, e no topo, um diadema prateado repousava, combinando perfeitamente com as vestes reais.
Daphne Kira Clover correu até a filha e a envolveu em um abraço apertado, caloroso. As lágrimas que Arya tentava conter finalmente escaparam, a voz trêmula ao tentar dizer qualquer coisa, como se ainda não acreditasse no que via.
– Mamãe?
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