STARLIGHT ━ yuno grinberryall.

͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏12 ͏ ͏- ͏ ͏welcome back

A BATALHA continuava por todo o Reino Clover, concentrada principalmente na extensão da Capital Real. As ruas repletas de casas e lojas agora estavam em ruínas, pedras e detritos se espalhavam pelo chão, e a nuvem de poeira cobria o céu em uma espessa neblina acinzentada.

Os membros dos Touros Negros se destacavam em meio ao caos da luta, outros esquadrões e seus respectivos Capitães também se espalhavam pelo campo, lutando lado a lado, fazendo todo o possível em seu alcance para vencer a exaustão acompanhada das últimas reservas de mana que vinham sendo esgotadas.

Independente dos machucados profundos, da perda de magia que fazia suas mãos tremerem, da visão turva causada pelo cansaço e das mortes de colegas que ainda surgiam dolorosamente em suas mentes, todos lutavam com determinação para proteger o reino que juraram defender.

Toda aquela luta dos Cavaleiros Mágicos era projetada por meio de feitiços elaborados por Marx François, que concentrava toda a sua magia em manter as transmissões mágicas ativas. Os cenários de batalha, espalhados em diferentes pontos do reino, eram exibidos diante dos cidadãos.

Pessoas se abraçavam para lamentar a perda de entes queridos, e muitos se aglomeravam ao redor das crianças ou daqueles que já tinham sido gravemente feridos para prestar apoio. Era possível sentir sua preocupação e medo no ambiente, mas ainda assim, todos olhavam para as projeções com esperança, observando os Cavaleiros Mágicos que arriscavam suas vidas por eles.

Foi então que, de repente, um brilho irrompeu violentamente de uma região ao norte, iluminando o céu. Em questão de segundos, mais clarões surgiram em diferentes pontos do território: eram as torres de grimórios de cada região, o topo de cada uma começou a reluzir em uma luz branca intensa.

Esses feixes começaram a se ramificar como raízes de uma árvore, conectando-se uns aos outros até se encontrarem no céu, convergindo em direção ao ponto central onde a principal batalha acontecia em cima de uma gigantesca rocha flutuante que pairava acima da devastação.

Sobre ela, Asta, Arya Novachrono e Yuno Grinberryall observavam enquanto um estrondo reverberava no ar. Uma cratera se abriu à frente deles, os três assistiram àquela luz — mana condensada em sua forma mais pura — se mover até moldar lentamente um corpo. Era a figura de Lucius Zogratis. Ele ergueu os braços, absorvendo todo aquele poder, até que sua forma se completasse por inteiro.

Lucius assumiu uma nova forma mágica, uma armadura branca que cintilava como luz, asas igualmente claras se expandindo atrás de si, irradiando uma aura que oscilava entre o divino e o demoníaco. — Um combate magnífico, mas é chegada a hora da ofensiva do Rei Mago.

Asta, com o suor escorrendo pelo rosto e a respiração pesada, encarava incrédulo a forma imponente que se erguia diante deles. — Quer dizer que eles eram clones? Incluindo o que acabou de morrer?

Lucius sorriu, seus lábios se curvando em um semblante de puro desdém. Seus olhos, frios e calculistas, revelavam que se divertia com a frustração dos três. — Deu trabalho para criá-los, mas me deram tempo de sobra. Assim, meu corpo principal foi conectado a todas as torres de grimório do reino através de uma magia colossal.

Ao ouvir aquilo, Arya estremeceu. Ela virou-se para trás, e seu coração apertou com a visão devastadora: ao longe, podia distinguir crateras flutuantes, e em cada uma delas erguia-se uma das torres de magia do reino. A forte conexão mágica entre elas consumia a terra ao redor, destruindo casas, vilarejos inteiros, e engolindo estabelecimentos.

Podia ver também grupos de pessoas amontoadas gritando, correndo para algum lugar seguro com a ajuda de Cavaleiros Mágicos que ainda lutavam, tanto sofrimento e ruína apenas por conta de Lucius. A dor em seu peito não era apenas de preocupação ou medo com o que poderia acontecer — era também de raiva, de impotência, de ver seu lar sendo destruído com tanta facilidade diante de seus olhos.