STARLIGHT ━ yuno grinberryall.

͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏12 ͏ ͏- ͏ ͏welcome back

Lucius continuou a falar:

— Desde o nascimento da humanidade desse mundo, tudo foi preenchido de torres que guardam grimórios, uma sabedoria divina. Eles amplificam o poder mágico inato da humanidade e refinam o fenômeno que chamamos de magia. Falando nisso, quando um mago morre, para onde acham que seu grimório vai? Para onde vão todas as magias que ele escreveu em vida? Tudo retorna à torre que o concedeu. Ao me conectar a toda essa sabedoria que a raça humana já desenvolveu e acumulou... Eu posso usar todas essas magias!

E assim, ele começou a ser cercado por feitiços poderosos. Uma nuvem negra e carregada de raios surgiu no ar, fênix colossais feitas de fogo dourado bateram suas asas flamejantes, águias de vento rasgavam o céu, uma gigantesca serpente feita de água emergiu, e outros feitiços ainda mais complexos, monstruosos e antigos surgiam em volta do homem, cada qual com poder devastador, todos se dispersando para atacar as áreas abaixo da rocha flutuante, espalhando o caos por todo o reino.

De repente, a imagem de Lucius tremeluziu, sua forma oscilando como uma ilusão, e ao lado dele, três figuras familiares surgiram diante do trio de Cavaleiros Mágicos.

— Marx?! — exclamou Arya, em choque, sua voz quase falhando. Além dele, estavam ali o ex-Capitão dos Orcas Púrpuras, Gueldre Poizot, e um ladrão já conhecido por Asta e Yuno: Revchi. Os três convidados tinham expressões confusas, assustadas, como se estivessem tentando compreender o motivo de estarem ali.

Então, com um simples movimento de mão de Lucius, seus corpos caíram no chão, inertes. O homem sorriu mais uma vez, e em um piscar de olhos, sua figura desapareceu no ar, e antes que percebessem, ele ressurgia atrás dos Cavaleiros Mágicos com uma velocidade impossível de acompanhar.

Correntes prateadas surgiram em suas mãos e ele as lançou contra Yuno, imobilizando cada um de seus movimentos e impedindo-o de canalizar qualquer magia. Aquelas correntes drenavam sua energia vital e selavam sua mana, um poder que Yuno e Asta reconheceram imediatamente como sendo o de Revchi.

— Quando você mata um mago, seu grimório retorna direto para a torre. E dessa forma, eu posso usar a magia dele — disse Lucius.

Yuno suspirou, frustrado, sentindo o peso esmagador das correntes. Seu corpo não respondia, e ele mal conseguia mover a cabeça. A impotência o incomodava, pois tudo o que podia fazer era observar enquanto Asta e Arya partiam novamente para enfrentar o inimigo.

A dupla se esforçava ao máximo para agir em sincronia, atacando com mais cautela agora que sabiam das novas habilidades de Lucius, capaz de manipular os mais diversos tipos de magia. Arya se movia com agilidade, seu teleporte a fazendo surgir ao lado de Asta sempre que ele corria algum risco fatal. Ela notou que a maior parte da mana do pai parecia estar se condensando no cristal alojado em seu peito, um núcleo que brilhava com um azul profundo, e pensou que deveria testar seus ataques ali.

Foi nesse momento que Yuno conseguiu romper as correntes que o aprisionavam, e ele conjurou um escudo feito de estrelas cintilantes. A defesa envolveu Arya e Asta no exato instante em que um ataque cortava o ar em direção a eles, desviando-o com um clarão que iluminou toda a área. O trio se uniu novamente, formando um ataque combinado contra o homem que parecia imbatível. Mas Lucius ergueu a mão direita, e diante deles, uma figura tomou forma no ar.

Ela era linda, jovem e radiante. Seus cabelos eram curtos e claros, os olhos verdes brilhavam como esmeraldas puras, e havia um sorriso animado em seus lábios, leve e caloroso. O detalhe mais impactante, no entanto, era a semelhança inegável com Asta. Aquela mulher só podia ser sua mãe.

A união demoníaca se desfez abruptamente. Liebe parou, imóvel, incapaz de lutar. Aquela não era apenas a mãe de Asta: era Lichita, que o havia acolhido quando ninguém mais o quis, quando foi deixado para morrer sozinho naquele mundo de humanos.