Arya Kira Clover é uma princesa, destinada a governar todo o Reino Clover. Apesar de viver no conforto de um castelo e usufruir de toda riqueza e privilégios que poderia ter, sua vida nunca foi perfeita como todos pensam.
Depois da morte da mãe, el...
Oito anos se passaram desde que Daphne foi envenenada durante o baile anual da família real. Era difícil imaginar quem tinha sido capaz de fazer aquilo, já que a falecida princesa não tinha inimigos e a vocação da sua vida era ajudar as pessoas por meio de seu trabalho científico. Só restava pensar que talvez ela não fosse o alvo daquela noite.
Rachel surgiu ao lado da princesa com uma expressão triste, seguindo o olhar dela para a figura no quadro. ─ Daphne foi a mulher mais inteligente e virtuosa que eu conheci na vida. Ela irradiava alegria pelo castelo, e encantava qualquer um com seu jeito de ser. Eu sinto muito.
─ Meu vestido pode ser parecido com o dela? ─ sussurrou Arya, limpando as lágrimas que ameaçavam surgir em seus olhos. ─ Na cor dos tecidos que eu escolhi.
Rachel sorriu e a abraçou com carinho. ─ É claro, meu bem.
[...]
DEPOIS DE RESOLVER sobre os vestidos e acessórios que seriam usados na festa, as quatro garotas passaram o restante do dia no quarto da princesa, conversando sobre diversos assuntos que variavam entre o tipo de garoto que gostavam e as missões que tinham realizados nos últimos dias, enquanto desfrutavam de aperitivos e sucos trazidos pelo chef do castelo.
Arya Kira Clover estava deitada na poltrona quando subitamente se levantou, com os olhos arregalados. ─ Eu me esqueci de um detalhe muito importante, de novo!
Noelle Silva se assustou com sua reação abrupta. ─ O que aconteceu?!
─ Com quem eu vou dançar na abertura do baile? ─ questionou Arya, franzindo a testa de forma pensativa. A valsa era a parte principal da festa, afinal, um baile não podia acontecer sem uma dança.
─ Pensei que fosse com o Leo ─ comentou Mimosa, se referindo ao seu primo que também era um Vermillion.
A princesa rapidamente negou, com uma careta. ─ Ele é desajeitado, não posso dançar com ele correndo risco de tropeçar na frente de tantas pessoas.
─ Que tal o fofinho do Finral? ─ sugeriu Vanessa Enoteca, balançando uma taça de vinho nas mãos. ─ Vocês são amigos também.
Noelle suspirou. ─ Seria imperdoável eles dançarem e depois ele dar em cima de todas as mulheres da festa.
─ E aquele bonitinho do seu esquadrão? ─ sugeriu a bruxa, tentando lembrar o nome dele. O álcool já estava fazendo efeito em sua cabeça para esquecer de um nome tão fácil. ─ Aquele alto de cabelos pretos...
Mimosa assentiu em concordância. ─ Yuno é uma boa opção. Ele tem elegância, uma boa postura e aparência.
Arya andava de um lado para o outro pelo quarto, ficando ainda mais preocupada. ─ Mas, será que ele vai aceitar? E se ele não souber dançar?
─ Escreva uma carta ─ afirmou Vanessa, sorrindo maliciosamente. ─ Use termos bem bonitinhos, elogie sua aparência, e espere poucos minutos porque tenho certeza que ele vai responder que sim!
─ É necessário tudo isso? ─ perguntou Noelle, sem entender, olhando na direção da veterana.
A bruxa assentiu. ─ Homens gostam de ser elogiados, isso chama sua atenção. Acho bom vocês anotarem isso para lembrarem futuramente.
Noelle e Mimosa ficaram com os rostos vermelhos, e fingiram conversar sobre outros assuntos. Atrás delas, Arya escrevia uma carta para seu amigo que devia estar no Alvorecer Dourado, esperando que sua resposta fosse positiva.
Caro Yuno,
Acredito que já deve ter recebido o convite do baile como comemoração de meus dezesseis anos (e eu espero muito mesmo que você vá), mas há uma complicação. Existe a tradição de começar a festa com uma valsa principal, mas não tenho um par ainda. Eu poderia chamar outros amigos, mas acho que você se sairia melhor no papel (ou melhor, seria perfeito). Por favor, responda o quanto antes.
Com carinho, Arya R.K.C.
Ela selou a carta dentro de um envelope e enviou para sua própria coruja mágica de entregas, que logo sumiu em um portal de magia espacial. ─ Bom, agora é só esperar.
─ Você elogiou ele? ─ perguntou Vanessa, olhando em sua direção.
─ Sim ─ respondeu Arya, ansiosa para ler a resposta do amigo. ─ Mas não vejo como isso pode...
Dito e feito. Em menos de cinco minutos, sua coruja retornou com uma carta no bico, deixando nas mãos da princesa antes de sumir em um portal.
Pode contar comigo.
"Como ele pode ser tão apático até em uma carta?", pensou Arya, em descrença, ao ler o bilhete de três palavras. Pelo menos a resposta havia sido positiva.
─ E aí?
─ Ele aceitou ─ afirmou Arya, com um pequeno sorriso. ─ Bom, agora é só esperar até o baile de amanhã.
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