ALERTA DE CONTEÚDO: Contém palavras de baixo calão e sexo explícito! (+18)
ALERTA DE GATILHO PARA: Uso abusivo de drogas, crise de abstinência, depressão, menção a/e suicídio, rejeição familiar, opressão psicológica.
SINOPSE
Ally Wilson é uma jovem...
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20 de novembro...
É estranho acordar hoje. É diferente. Eu jamais imaginei que acordaria no meu aniversário e me sentiria tão bem, mas algo está diferente, está faltando.
— Ally?
Antes de abrir os olhos sinto a falta do seu calor ao meu lado na cama e tateio o lugar, não a encontrando. Olho em volta percebendo que estou sozinho no quarto e sorrio, curioso.
— O que você está aprontando?
Esfrego os olhos ao me levantar e me organizo, notando que a casa está quieta demais.
— Ally? — Chamo-a, começando a estranhar e pensando se por acaso ela saiu.
— Estou aqui.
Ouço sua doce voz vindo do primeiro andar e ela carrega algo diferente em seu tom. Carrega ternura e emoção. Desço as escadas com cautela, esperando qualquer surpresa e quando ando em direção a sala, paro. Encaro todos ali com um sorriso no rosto enquanto me olham. Ally, meu pai, Tyler e Kate.
Ally caminha um pouco para o lado e vejo um bolo de aniversário posto sobre a mesa de centro com duas velas simples acessas.
Encaro a todos sem saber ao certo como reagir, mas há algo genuíno vibrando dentro de mim.
— Vem. — Ally me estende a mão e simplesmente a pego, me juntando a eles.
— Pronto? — Tyler enrosca o braço em meu pescoço como um meio abraço e apenas assinto, processando o evento.
A voz de todos soam animadas na melodia festiva a nossa volta e eu só consigo sorrir. É um sentimento diferente e desconhecido que consegue tirar todo meu controle e me faz sentir uma criança de cinco anos emocionada.
Parece algo bobo, mas para mim é tocante. É uma realidade distante da que imaginava do meu último aniversário pelas ruas. É a realidade da qual me orgulho em ter conseguido alcançar.
— Feliz aniversário, meninos!
Nosso pai nos abraça e o quanto isso significa para mim é algo que não posso pôr em palavras.
— Obrigado, pai! — Esfrego o rosto em seu ombro, enxugando a umidade abaixo dos olhos.
— Aqui.
Ele nos entrega um pequeno envelope de cada e sorri sem jeito.
— Eu não sabia o que dar a vocês, não sou bom escolhendo presentes e não é como se eu fosse comprar um carrinho. Então pensei que pudesse dar isso pra vocês comprarem o que quiserem.
Espio o envelope e percebo se tratar de uma quantia de dinheiro, uma boa quantia. O fito, percebendo o quão sem jeito ele está e o abraço.
