⋆⊰ Capítulo 75 ⊱⋆

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[...]

Dias depois...

Uma coisa que não consigo fazer é levar as coisas de uma forma neutra e depois daquela manhã com Aaron, eu não consigo parar de pensar nele.

Sinto a necessidade de ajudá-lo, mas não sei se a forma como penso em fazer isso é a ideal para ele. Há dois meses eu era o homem que acabou com a vida do irmão dele, agora ele está sozinho e em uma fase muito delicada. Eu acho que deveria influenciá-lo, mas não sei se devo o pressionar.

Eu apenas não quero que ele acabe com a própria vida sem lutar.

É de manhã, não faz muito tempo que o sol nasceu e acredito que não deva ser nem sete da manhã, porém, não consigo mais pegar no sono. Desde que voltamos do hospital eu tenho estado muito ansioso, não sei se tem a ver com a minha mãe ou com tudo o que aconteceu recentemente, apenas não consigo controlar.

Observo Ally dormindo ao meu lado, como o perfeito anjo que ela é para mim, e poder admirá-la dessa maneira todas as manhãs é tudo o que me acalma.

Acaricio suavemente seus cabelos, evitando acordá-la e me sinto um bobo sorridente. Às vezes me pergunto como ela pode ter tanto sobre mim, como pode tomar conta da minha vida dessa forma, mas não parece certo pensar assim, porque ela é a minha vida desde o momento em que a abordei naquele beco escuro.

— Eu te amo. — Balbucio ao vento, me sentindo emotivo de repente e a abraço contra mim.

— Eu também te amo. — Ela murmura contra meu peito e sorrio, decepcionado.

— Desculpa te acordar.

— Tudo bem. — Ela me fita e o mel dos seus olhos murchos carrega um brilho lindo. — Por que tem acordado tão cedo?

— Não sei, ando ansioso e eu gosto de te ver dormir.

— É constrangedor. — Ela ri sem jeito e desvia o olhar.

— Por quê? Você é linda enquanto dorme e se sua dúvida é roncar ou babar, você não faz nenhum dos dois, mas resmunga bastante.

Seu rosto cora e como eu amo esse rubor em suas bochechas.

— Não ri! — Ela cutuca minha costela, indignada.

— Eu não estou rindo. — A aperto contra meu corpo, prendendo seus braços em meu peito e a seguro bem onde eu quero.

— Por que tá me olhando assim? — Ela questiona com curiosidade e timidez, mas não consigo respondê-la. São coisas demais passando na minha cabeça e tudo se resume a ela.

Capturo sua boca em um beijo e quando sua língua desliza junto a minha, sei que é a minha ruína. Quando dou por mim, já estou sobre ela aos suspiros.

— Ryan...

— Não me pede pra parar hoje. — Imploro, beijando delicadamente seu rosto.

— Eu não ia te pedir pra parar. — Sua voz se acanha e percebo o quanto estou paranoico pela limitação imposta a nós nos últimos dias, quando vejo no forte rubor do seu rosto que foi um chamado espontâneo.

— Eu me sinto bem. Você se sente bem? — Questiono, agarrando meu último fio de razão na pergunta enquanto toco seu corpo sob a camiseta fina.

— Sim. — A forma falida como sua voz soa me mostra que tanto ela quanto eu, estamos na ruína.

Tiro sua camiseta sem muita paciência e me deleito no superior desnudo de seu corpo. Desde a nossa primeira noite sei o quanto seus seios são sensíveis a toques suaves e eu amo acariciá-los com a minha boca.

Luzes da VidaWhere stories live. Discover now