7.|Passeio na cidade iluminada

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—todos estão contra mim agora?

—você sabe que te amamos.—ela ri.

Gilbert se virou para ela, sorrindo. Estranhamente as palavras que ela proferiu pareciam ainda mais bonitas vindas da boca dela.

—isso é um crime.—o médico disse ao examinar Sebastian.

—culpa dele.—Bash aponta para o garoto.

—eu fui coagido.—Gilbert se defende.—meu julgamento foi prejudicado pela minha necessidade de silêncio.

—você está com febre por causa da infecção. Vou te dar remédios pra ambas as duas, e precisará de alguns pontos.

—vamos pro gueto.—Sebastian responde.—devem ter médicos que podem me ajudar lá.

—a única pessoa que pode te ajudar é um barbeiro que arrancará seus dentes com alicates enferrujados.

Sebastian pareceu pensar por alguns segundos.

—ok galera, novo plano.—ele diz.—vou me tratar aqui, e aí sim vamos pro gueto.

—ok.—os dois adolescentes assentiram.

O médico preparava suas ferramentas, e no meio delas tinha uma seringa. Blythe viu aquilo, e sentiu suas pernas moles igual gelatina. E então ele foi para o chão.

—meu Deus!—Jade se abaixou, batendo levemente no rosto de Gilbert e chamando por seu nome, enquanto ouvia Sebastian rindo.

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O médico quando acabou o procedimento com Sebastian, encarou o menino desmaiado, e a garota que ainda tinha uma feição preocupada.

—e se ele morrer?!—ela pergunta.

—fique calma, senhorita. Gilbert só está desmaiado.

—corrigindo: Gilbert é um frango.—Sebastian riu mais uma vez.

—tenho algo que pode ajudar.—o médico disse.

O doutor se abaixou ao lado do garoto com algum tipo de planta em sua mão, e a quebrou embaixo do nariz de Gilbert, fazendo ele acordar.

—o que aconteceu?—ele pergunta.

—você desmaiou.—o médico responde e lhe dá um copo de água.

—eu pensei que tivesse morrido! Nunca mais me assuste desse jeito!

Gilbert riu enquanto terminava seu corpo de água, dizendo um "obrigado" ao médico.

—acho que medicina não é pra você, Blythe.—Bash comentou.

—tem certeza que quer ser médico? Não é algo bonito de se ver.

—Dr.Ward, precisa de um aprendiz?—Gilbert pergunta animado para o médico.—Talvez eu pudesse ajudar aqui de vem em quando, e em troca, me ajuda com algum plano de estudos. Prometo não ficar desmaiando.

—seria um previlégio ser seu mentor.—o doutor sorriu.—será muito bom dividir o meu aprendizado.

—resolvido?—Bash se levanta da cadeira. Ele cairia no chão se Jade não tivesse o ajudado a ficar em pé.—agora vamos pro gueto.

—nunca vi alguém tão apressado para ir a favela.—Dr.Ward riu.

—é, eu também não.—Jade concordou.

—imagino que seja um lugar bonito onde as pessoas negras dancem na neve.—Sebastian riu mais uma vez, rodopiando pela sala.

—por quanto tempo ele ainda vai ficar delirando?—Jade pergunta ao doutor.

—é só um pouco de láudano, talvez uma hora.

—quanto lhe devo, doutor?

—sem cobranças. Se o Gilbert vai me ajudar a limpar aqui, tenho tempo até o meu próximo paciente, caso queira conversar.

—já que vocês vão ficar aí, eu vou a casa da minha tia. Não é muito longe, por isso não vou demorar.—Jade diz.

—então, podem me encontrar aqui daqui a uma hora?—Gilbert olha para o relógio pendurado na sala.

—vocês podem me buscar, se conseguirem me encontrar.—Bash riu.—vou me misturar.—ele cambaleou até a porta, saindo pela mesma.

—estou vendo que vamos ter um dia longo por aqui.—Jade riu.—estou indo.

—toma cuidado.—Gilbert alertou.

—eu vou.

Assim que Jade saiu pela porta, ela não viu mais nenhum sinal de Sebastian. Ela suspirou, vendo que Deus seria o único que iria o proteger.

𝐓𝐰𝐢𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭-𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐚 𝐋𝐮𝐚Where stories live. Discover now