Minha Cura (Itasaku) - {Em Revisão}

Veredito Final

O julgamento de Sasuke estava agendado para o primeiro horário daquele dia. Tsunade já havia separado os documentos e provas junto à Kakashi e Shizune na noite anterior e, por conta da quantidade de trabalho, estava com a cabeča latejando.

Ela sentia que o fim do Uchiha mais novo poderia ser diferente.

Era difícil vincular uma defesa a Sasuke, pelo simples fato de ele ter se deixado levar por vingança e só. Os clãs que estariam presentes para o julgamento concordaram, há alguns anos, em enviar um de seus sucessores para o resgate do moreno. Essa missão, além de um fracasso, colocou muitos deles em estado de vida ou morte.

Ela sabia que nenhum deles havia esquecido disso.

Se situou e logo sorriu, boba. Não, ela não estava em sua própria casa.

– Bom dia Godaime... – Disse Kakashi, interrompendo seus pensamentos. – Ainda preocupada com o julgamento?

– Kakashi... Ele pode morrer. E você sabe bem disso.

– Estive perto de matá-lo a alguns dias. Não é bem o que eu queria, mas se o tivesse feito, seria por um bem maior. Não deixaria ele atentar contra a vida de Sakura de novo.

Ela sorriu, o encarando. Kakashi era ainda mais bonito pela manhã.

– Ela é especial para mim e para você. Mas isso não é só sobre ela. Itachi está livre, já imaginou como ele se sente ao ver o irmão passar por tudo isso?

Claro que Kakashi imaginava, afinal, ele mesmo sentiu aquela angústia quando seu pai foi condenado pela vila injustamente. Se tinha alguém que entendia Itachi, esse alguém era ele.

Se levantaram, fizeram suas higiênes e tomaram um café rápido. Tsunade foi na frente para arrumar tudo, até porque, em poucas horas os representantes dos clãs estariam no Tribunal e ela não poderia se atrasar.

Caminhou rapidamente até lá, com a pasta na qual estavam os documentos com provas dos crimes de Sasuke. Entrou no prédio e se sentou na cadeira ao centro, esperando pelos outros que ocupariam as demais. Dessa vez, a configuração do tribunal seria diferente: Kakashi a sua esquerda, Shizune a sua direita, Naruto e Sakura em duas cadeiras colocadas abaixo, como testemunhas. Claro que, na cabeça da loira, passou diversas vezes o pensamento de que Sakura não apareceria e ela respeitava muito essa decisão.

O primeiro a chegar foi Naruto, alvoroçado, aflito, mas como sempre, sorrindo.

– Baa-chan... – A saudou. – Onde ele está?

– Provavelmente a caminho. Precisei de reforços para trazê-lo, afinal, ele não é qualquer um.

O loiro suspirou, se aproximando da mais velha.

– Quais as chances de condenação?

Muitas. Na verdade, quase 100%. Mas a loira sabia que, se dissesse isso, acabaria com as ilusões de Naruto. E, na mente dela, aquilo não era o melhor a se fazer.

– Deixe que o julgamento fale por si, Naruto. – Respondeu, sorrindo amena.

Aos poucos, os representantes dos clãs principais chegaram e ocuparam seus lugares. E, alguns belos minutos depois, Sasuke chegou, escoltado por pelo menos 10 ANBUS. Tsunade notou o sorriso de Naruto alargar e logo lhe chamou a atenção.

– Esqueça o laço entre vocês por um momento, Naruto. Hoje, ele é o réu, não seu amigo de infância.

Sabia que tinha sido dura, mas só assim para o loiro sentar em seu lugar e parar com tagarelices.

Ela olhou para o relógio e faltavam exatos 5 minutos para o início. Bufou pelo possível atraso de Kakashi que, logo, apareceu, com o mesmo sorriso amarelo e a mesma desculpa esfarrapada.