O verdadeiro Inimigo

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Um ANBU corria rápido demais, tão rápido que a impressão era que ninguém o via. Parou repentinamente em frente a algumas ruínas e entrou.

O local era escuro e úmido, corroído pelo tempo e apresentava fortes marcas de guerra. Ele continuou seu caminho até o destinho final, avistando uma grande porta de madeira, que não combinava nada com aquele ambiente hostil.

Do outro lado, era possível ouvir passos e o barulho que a madeira fazia no chão. Engolei a saliva e entrou, se curvando diante da sombra.

- Ele foi inocentado. Todos decidiram isso.

A bengala voou longe. A fúria que aquele homem sentia era palpável. O ódio se fazia presente no oxigênio, tornando a respiração mais difícil. O mascarado ali continuou, reverente.

- Konoha foi corrompida pela imundice que é sua liderança. – A voz grossa se fez presente. – Teremos que começar o projeto 74.

- M...Mas...

- Sem mas! Começaremos agora a aniquilação do clã Uchiha. Preste atenção em minhas ordens e as siga à risca...

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Eu vi Naruto sair pela porta e não consegui evitar um sorriso. Finalmente, meu irmão de outra mãe estava feliz! Não dava nem para acreditar que logo ele estaria se casando. Por um momento, pensar na felicidade do Naruto me tirou do estado de nervoso em que eu me encontrava.

Pensar nele machuca um pouco agora.

Talvez pela possibilidade de algo acontecer nesse julgamento. E se as provas não forem suficientes? E se continuarem a tratar ele com um desertor? E se derem a ele a pena máxima?

Sinto que morreria junto.

Balancei a cabeça afastando aquela confusão toda e caminhei até o quarto. Alguém arrumou minhas coisas ontem e, pelo capricho, aposto que foi Tsunade-sama. Fitei a escrivaninha e um livro me fez sorrir. "Anatomia do Sharingan".

Quantas lembranças, não?

Abri o livro, foleando página por página e me recordando do trabalho que tive para desenvolver a tal cura. Eu não estou triste, não! Apenas nostálgica. Apenas assustada. Apenas com medo.
O relógio marcava 10:50 e era muito provável que o julgamento já tivesse acabado. Deixei o livro na cama e fui ao banheiro, tomar um banho longo e relaxante e tentar me livrar desses pensamentos loucos.

Ainda sinto o cheiro dele...

Fiquei mais ou menos uma hora no banheiro, esfriando a cabeça e, assim que retornei ao quarto, vi que o livro estava caído, revelando um papel solto que eu não me lembrava de ter deixado ali. Sem pressa, me sentei na cama, pegando o livro e o papel do chão. Era a letra dele... Meus olhos marejaram assim que li as primeiras linhas, pois eu já disse que não sou tão boa em controlar minhas emoções.

"Não sei qual a sensação que você sente quando está comigo. Mas sei bem o que sinto quando te tenho em meus braços. Mas admito que hoje foi diferente pra mim.
Eu tive pressa, mas ao mesmo tempo, quis que o tempo parasse. Estar com você foi uma das melhores coisas que aconteceram em minha vida e eu não queria que isso acabasse.
Mas ordens são ordens.

Quando te impus minha cura, não imaginava que você curaria bem mais que meus olhos e foi exatamente o que você fez. Em poucos dias, você foi capaz de me curar das dores que carrego há anos.

Quem diria, não é, Haruno?

Além de uma grande médica e ninja, você é uma grande mulher, e é uma pena que eu não a tenha conhecido em tempos mais calmos. Não sei qual será meu destino, mas, caso eu ainda tenha algum, gostaria que fosse ao seu lado..."

Minha Cura (Itasaku) - {Em Revisão}Where stories live. Discover now