CAPÍTULO 20

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Mais um dia se passa e eu quase não vi Nathan Carter.

O time está se dedicando mesmo.
Parece que depois que eu falei com Quinn, as coisas se esclareceram e eu consigo falar com ela sobre ele tranquilamente.

Mas, mesmo Quinn dizendo que ficarmos juntos não a afeta, eu não conseguirei me expressar dessa forma perto dela, pois, ela nega isso, no entanto, eu sinto que ela precisa apenas de um tempo para esquecê-lo e eu não quero deixá-la desconfortável, pois isso não seria confortável nem para mim, imagine para ela.

Não seria certo de minha parte.
Dirigindo de volta pra casa, escuto Quinn enquanto fala.

— Tony voltou a me mandar mensagens, querendo saber se eu estou bem. Isso quer dizer que estamos nos entendendo de novo. — ela parece aliviada.

— Que bom. — digo.

— Eu já não aguentava mais ficar sem conversar com ele. É sério. Ele é muito engraçado. — ela ri.

— Imagino.

— Eles estão treinando bastante. Tony não para um segundo para descansar. Eles levam o basquetebol muito a sério. Sabia que o pai dele já foi um dos alunos e capitão do time na adolescência? — ela conta surpresa.

— Não, eu não sabia disso. — confesso, segurando ao volante.

— Nem eu. E olha que a foto do pai dele está na vitrine de ex alunos junto com os troféus. Até minha mãe sabia disso e eu não. — ela ressalta.

— Pois é. A tia Gina parece ter sido grande amiga dos pais dele. — eu notei.

— Ela foi a melhor amiga da mãe dele. A minha mãe, Gina Miller, foi uma grande amiga da mãe do Tony Robinson na época do colegial e elas ainda mantém contato até hoje. Isso é assustador. — conta Quinn.

— Sim. Parece até uma novela.

— Verdade. — ela diz com as sobrancelhas erguidas.

— Quinn, você sabe pra onde o Nathan  tá indo depois da escola? — tenho que saber.

Ela franze a testa.

— Não sei. Deve estar treinando fora da escola também. Você não sabe?

— Não.

— Então manda mensagem pra ele, perguntando.

— Acontece que eu não tenho o número dele.

Quinn ri boquiaberta.

— Meu Deus. E eu achando que vocês conversavam por mensagens e tudo mais. Acho que eu me enganei de novo. — diz ela surpresa.

— Eu não achei que ia precisar do número dele um dia. — confesso.

— Mas agora você vai. Como é que vocês vão marcar encontros e fazerem planos quando estiverem longe um do outro? Hello, nós estamos no século vinte e um, amiga. — ela está me incentivando a pegar o número dele. Eu não consigo crer que ela está tão bem assim. Nem parece que tudo aquilo aconteceu. Essa é a Quinn de antes, a Quinn conselheira que eu conheço há mais tempo. Não compreendo. — Pega seu celular que eu vou passar o número dele para você. Precisam se manter conectados. Agora entendi porque você tá com essa cara preocupada desde cedo.

— Mas eu sou péssima em puxar assunto. — eu estou perplexa com o que eu estou vendo agora.

— Mas é ótima pra dar uns pega nele. — ela diz.

Reviro os olhos.

— Tá bom. — eu pego o meu celular do bolso da minha calça e entrego na mão dela.

A Maré das LembrançasTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon