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EMÍLIA LIMA
Acordo bem cedo, o céu até está muito mal iluminado. Vejo o prato com um misto-quente em cima da mesinha ao lado da cama que durmo, estou morrendo de fome, então como o mesmo.
O meu peito dói com as lenbrancas da noite passada e Gabriel vem na minha mente na mesma hora.
Me levanto e vou até a cozinha colocar o prato na pia. Lavo o mesmo e depois me afasto, voltando ao corredor dos quartos. Me aproximo da porta do quarto de Gabriel, até ao lado do meu, e então giro a maçaneta, entrando no mesmo.
O ar gelado do ar condicionado arrepia o meu corpo dos pés a cabeça e eu me encolho um pouco. Me aproximo da cama onde ele está deitado.
Analiso o seu corpo deitado e coberto até a cintura. Suas costas cheia de tatuagens e muito bem malhada, é a síntese da masculinidade e fora uma coisa que sempre achei exitante nele. Me sento na cama e fico um tempo velando o seu sono.
— Me desculpa por não ter voltado... — peço baixinho, mesmo sabendo que ele não me ouve — Eu queria tanto passar essa noite com você, nossos pais iriam dormir às uma e meia e a gente ficaria na sacada bebendo e trocando carícias, eu estraguei tudo. O meu dia perfeito se tornou em um dia horrível.
As lágrimas começaram a cair pelo meu rosto e eu passo a mão pelo meu braço marcado pelas mãos daquele homem podre.
— Eu queria estar lá com você — me assusto quando ouço a sua voz — Olha para o seu braço, Emília, eu tinha que te proteger.
Ele se vira e eu vejo seu rosto cansado e com olheiras debaixo dos olhos.
— Você sabe o quanto dói ver alguém que você gosta machucado e saber que você podia fazer alguma coisa pra mudar? Que podia ser diferente? — ele questiona, sua sobrancelha grossa está arqueada.
— Você não tem culpa, e-eu que...
— Você não tem culpa nenhuma! Olha pra mim, Emília — ele se aproxima e levanta o meu rosto com a mão — O único culpado é o filho da puta que fez isso em você.
Ele me abraça e eu me sinto tão bem entre os seus braços grandes e agentes. Ele me puxa e logo estávamos deitados na cama e eu embrenhada entre os seus braços.
— Eu achei que estava dormindo — declaro, passando os dedos no seu abdômen.
— Eu não consegui, fiquei acordado a noite toda — ele diz.
— A sua mãe viu a gente se beijando — eu digo. Levanto o olhar para encarar ele e o mesmo tem seus olhos fechados — Ela disse que já somos adultos e espera que saibamos o que estamos fazendo.
— Posso mandar a real? Eu não faço ideia do que estamos fazendo, mas a gente gosta disso, isso que importa — ele agora acaricia os meus cabelos.