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EMÍLIA LIMA
Hoje seria a tal festa do flamengo. Gabriel me convidou, ficou enchendo o meu saco para ir, mas eu tinha que ir trabalhar amanhã de manhã. Com o fim de ano, a loja recebeu uma movimentação maior, então já que entrei em recesso na faculdade, prometi chegar mais cedo essa semana.
— Oi... — olho para a porta do meu quarto onde Gabriel está.
— Oi, entra — convido.
— Tem certeza que você não quer ir? A gente não fica muito — ele pede. Vejo ele se aproximar e o seu perfume invade as minhas narinas. Ele está muito bem vestido, um uma calça de lavagem clara, uma camisa preta com o símbolo da Nike, um tênis da mesma marca e um boné também.
— Não, eu tô bem cansadinha e amanhã eu trabalho cedo, aproveita — sorrio.
— Tá bom — ele se inclina e beija os meus lábios de forma rápida — Tchau.
— Tchau — Gabriel deixa o quarto e então eu volto a minha atenção a série que passava no meu celular.
{...}
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GABRIEL BARBOSA
A festa estava bombando. Mesmo sendo uma festa privada, tinha muitas pessoas aqui. Nós já fizermos uma roda de samba comandada pelo Rafinha, claro, subimos no palco cantando vários hits.
Isso estava uma loucura e todos riam e dançavam esquecendo a derrota que tivemos.
Depois de amanhã seria véspera de natal e a maioria de nós iríamos viajar, então só nos veríamos no ano que vem, então, era uma festa de fim de ano, também.
— Caralho, cara, isso aqui tá um mundo! — Reinier grita dançando como um louco.
— Tá foda — grito, também.
O meu corpo está elétrico, com o tanto de vodca que bebi essa noite, reconheço que já estou bêbado.
Vejo o meu copo esvaziar com a golada que dou e então eu ando entre todas aquelas pessoas até o bar, pra pegar mais bebidas.
