O dia importante!

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  O dia da audiência chegou e as mãos de Sasuke suavam em ansiedade.

- Se você não se acalmar, vão achar que você é maluco e não vai te dar a guarda do bebê.

Mostrou o dedo a Naruto e continuou andando de um lado para o outro.

- Acredito que dará tudo certo, Teme.

Naruto tentou acalmá-lo, porém, nada adiantava. Se levantou e foi até ele, assim, o abraçando. Assistiu os olhos negros confusos se suavizarem e fecharem. Sasuke estava aproveitando o carinho.

- Tenho medo de darem a guarda dela para ele, Naruto.

Os olhos continuam mágoa, pesar, medo, muito medo.

- Não vão dar, precisamos mentalizar isso.

- Me promete? - Questionou ao virar o rosto e erguer os olhos para ver o rosto do outro.

- Eu não posso te prometer algo que não depende de mim, Sas. - Respondeu triste. - Mas posso prometer que independente do que acontecer ali dentro, eu irei estar do seu lado.

Tentou sorrir, mesmo que pouco.
Naruto parecia ter o dom de deixá-lo bem e era perigoso, perigoso demais depender de outra pessoa para ter saúde mental.

E se não desse certo? Não queria nem imaginar...

- Senhor Sasuke Uchiha? Por aqui.

Uma mulher apareceu e os chamou para a sala que ocorreria a audiência de adoção.

Entraram e logo se sentaram, o homem albino já estava lá, e alguma coisa lhe dizia que algo estava errado.

Começaram a reunião, levou pelo menos duas horas antes que pudessem ter um veredicto.

- De acordo com os laços sanguíneos, o senhor Toneri deveria ter a guarda total da criança em questão, porém, ele nunca demonstrou interesse em tirá-la do orfanato e vinha poucas vezes a visitar, assim demonstrando que só tem interesse agora em buscá-la, por haver outra família interessada na criança. - Sasuke sorriu, porém ela deu continuidade. -
Já o senhor Sasuke Uchiha, tem históricos de tentativas de suicídio e uma grave depressão que vem acompanhada de crises de ansiedade, assim comprometendo a segurança que a criança deve ter dentro do lar.
Chegamos a conclusão que nenhum dos dois são aptos para possuírem a guarda dela, a menos que provem que serão presentes na vida dela...- Ela olhou para Toneri... - Ou capazes de cuidarem dela. - E olhou para Sasuke.

- Eu estou apto, eu me tratei, melhorei e isso que você está fazendo é preconceito!

- Á menos que o senhor prove ser capaz, não poderá retirar a criança do local.

A porta se abriu de repente e Sasuke se surpreendeu ao ver Sakura adentrar no cômodo.

- Desculpe a intromissão, mas aqui estão os laudos médicos de Sasuke Uchiha, neles contém tudo sobre a patologia dele e seus resultados.

A mulher franziu o cenho e olhou para ela com o cenho franzido e em seguida ergueu-lhe a sobrancelha.

- Aqui diz que ele é apto para adotar a criança, como você possui isso?

Sakura sorriu e lhe mostrou sua carteira do hospital.

- Eu sou a terapeuta dele e esse laudo foi entregue diretamente à mim.

- Que eu saiba, você anda saindo com o irmão dele, como teremos provas de que isso não é forjado? - Toneri se levantou da cadeira e deixou as mãos sobre a mesa, i dignado.

- Simples, basta olhar que as assinaturas dão da psiquiatra, da psicóloga do hospital e de mais três profissionais da área, que trabalham em outra filial. Não foi somente à mim que assinou o documento á favor de Sasuke. - Sakura sorriu da expressão confusa do outro.

- Me de isso aqui! - Toneri pegou o documento e o rasgou.

Sakura riu da infantilidade do outro, que ficou sem entender coisa alguma.

- Esses documentos eram só as cópias, além do mais, seria simples conseguir novos, bastasse pedir o rascunho que sempre guardamos de documentos no sistema do hospital.

Sem dar chance a Toneri de continuar a histeria, a mulher continuou.

- Bom, sendo assim, a guarda provisória da criança será entregue à Sasuke Uchiha, lembrando que é somente a provisória, tudo dependerá de como você cuidar da criança, estaremos de olho, não demoramos meses para analisar se uma pessoa é apta atoa.

- Não se preocupe, eu cuidarei bem dela. - Garantiu.

- Assim esperamos.

Saíram da sala felizes, aliviados e cansados, acompanhados de Toneri e Sakura.

- Sasuke! - Ouviu o outro chamar e se virou para ele, o cenho franzido, as mãos cerradas.

- O que você quer?

- Preciso mesmo levar minha filha pra casa.

O sangue do uchiha fervia, cada vez mais quente e a raiva subindo para a cabeça.

- É mesmo? Para fazer com que ela seja maltratada como a mãe era?

- O que? Eu nunca maltratei Hinata, Sasuke! Não diga asneiras. - Vociferou. - Você não conviveu conosco, não sabe nada sobre nós.

- Vai me dizer que não tratava ela como um produto da mídia? Em? - Gritou e Naruto teve que o segurar.

- Sasuke, se contenha, estamos perto da sala que acabamos de resolver as coisas, não estrague tudo agora.

- Produto da mídia? O que foi que a família maluca dela disse à vocês? Hinata só saiu na mídia por conta da rara condição dela e eu não tive culpa nenhuma disso! A família dela acreditou que eu havia torturado ela, mas não, ela que criou tudo na cabeça dela, Hinata sofria de esquizofrenia ! - Gritou de volta. - Olhe esses laudos. - Toneri jogou documentos em Sasuke e ele os pegou antes que caíssem. - Eu os trouxe para apresentar na audiência caso me avisassem disso, veja aí.

Folheou os documentos e pode ler um pouco sobre as coisas que Hinata já havia feito.

Paciente Hinata Hyuga, portadora de esquizofrenia grave e ataques de psicose devido ao transtorno.

* Criou histórias fantasiosas sobre a própria vida
* Mentiu para a família sobre diversas coisas que ela acreditava ser verdade
* Nas terapias, criava toda vez histórias diferentes sobre o porque de frequentá-las.

Sasuke só não soube disso por não ter mais assistido à todas as sessões, a versão que ela criou quando ele havia a conhecido, fora a última mais recente.

* Tentou enterrar seu bebê vivo pensando ser uma boneca, mas foi impedida pelo pai da criança, que preferiu entregá-la para a adoção depois disso.

*Nunca mais se lembrou que era mãe, assim impedindo o conjugue de poder reaver a guarda da criança, pelo mesmo motivo por qual ele a colocou no orfanato. Proteger sua vida.
Sasuke gelou, olhou para Toneri e cobriu a boca, enquanto as lágrimas caíam.

- Então você nunca vejo buscar a Hima antes por conta disso? - Mostrou o trecho à ele.

- Sim... E a única razão de eu querer reaver a guarda agora, é por conta da minha avó que tem Alzheimer e só consegue se lembrar dela.

O mundo de Sasuke ruiu naquele momento. Deveria estar comemorando, mas em meio aquele caos de descobertas, seria impossível. Não de teria nada para comemorar.

Continua...

Vou revisar depois amores sz espero que tenham gostado.

SolitaryWhere stories live. Discover now