Cap [1] Sijag

15 1 0
                                    

Busan, 23:00 PM.

Park JiYoon estava chorando compulsivamente, seu rosto estava vermelho e seu olhar transbordava raiva e remorço.
Havia descobrido que seu marido a traiu, e o amava tanto... Sentia seu coração rasgar por completo, que seu mundo havia acabado ali, naquele cozinha, onde ele confessara o que fez.

A mulher tentava disfarçar inúltimente para poder colocar seus filhos para dormir em paz, sem que eles soubessem disso, ela pensava no bem estar deles acima de tudo.

E foi naquela noite, triste, vazia, raivosa e sombria, que seu marido havia partido.
Taeuk estava morto, e ela sabia disso, e doía como o inferno, que apesar dos seus filhos terem perdido um bom pai, ela não estava jorrando tristeza como deveria.

Descobriu que foi traída durante o começo de sua gestação, e isso era inaceitável, mas não queria esse fim para o ex-marido,que agora, a fez se tornar viúva.

Foi traída por uma das mulheres que mais confiava na sua vida e que deixava entrar em sua casa, dia e noite, até quando não estava, simplesmente por ter uma presença agradável demais para a mesma.
Mas para Boyoung, as coisas não eram assim. Sarang, sua, ainda, mulher, merecia pagar pelo que fez, e a forma mais fácil, era simplesmente tirando a vida de seu amado, Taeuk, não era novidade para o tal, fazer este tipo de trabalho, visto que, já tinha um certo envolvimento com assassinatos de aluguéis, ou tráfico, qualquer coisa assim. E ele não se importava com o que a mulher iria achar, ela continuaria vivendo com ele, mas, com certeza, sentindo toda amargura que ele sentiu escorrendo junto com o último fio de bom sentimento que ele nutria pela mulher do seu filho.
Filho.
Ele o amava demais, para deixá-lo descobrir esse lado cruel do homem que matara raivosamente Park Taeuk. E se um dia ele descobrisse, poderia facilmente jogar a culpa em sua mãe, o deixando com a consciência pesada de abandonar seu pai e ir para os braços de uma traíra, de acordo com ele.

Kim Boyoung arquitetou tudo em perfeita ordem, sem nenhum resto de prova, para que parecesse que foi cometido um suicídio.

(...)

ALGUMAS HORAS ANTES

O homem puxa a mulher pelos braços, de uma forma totalmente agressiva, e a empurra no sofá, colocando o dedo indicador no rosto a mesma.

— Eu tenho nojo de você... Como pôde fazer isso comigo? Com seu filho?? Hein, me responda sua vadia!!!!

Sarang chorava compulsivamente, não conseguindo falar nada além de desculpa por ter feito o que fez, mas isso não aliviava nem um pouco o seu lado, já que o marido, parecia cada vez mais fora de si.

— N-Não f-faz nada.... p-por favor...

Ela dizia, com a cabeça baixa, sentindo medo do que poderia vir a seguir. Sabia do envolvimento do seu "amado" com coisas erradas, e sempre protegeu seu filho, NamJoon, para que não soubesse de nada e achasse o pai um monstro, Boyoung era sim, um criminoso, mas fora um bom pai desde sempre, mesmo sendo ironia, ao reparar em sua personalidade.

O homem ri, com seus olhos transbordando de puro ódio e mágoa, e segura o queixo da mãe de seu filho, com uma certa força.

— Não quer que eu faça o quê, Sarang-ah? O que eu poderia fazer?

Ele ria, em puro escárnio, atiçando o medo mais profundo, o que ela mais temia. A morte do homem que ela sempre amou, e consequentemente, causar uma tragédia na família de sua até então, melhor amiga.

Kim Sarang e Park JiYoon se conheceram desde o colegial, em 1991 e sempre foram inseparáveis, até que a mais nova, Park, conhece Lee Taeuk, um homem alto, seus cabelos negros, seus olhos escuros como a noite, e seu corpo esguio.
As duas se apaixonaram por ele, mas só JiYoon teve a coragem de se confessar, e acabou que os dois começaram a namorar. Mas sarang nunca desistiu de seu amor, e foi desse momento, que se iniciou a relação extra conjugal dos dois, abaixo do nariz de sua melhor amiga, e de mais tarde, seu namorado, Boyoung.

SURRENDER Onde histórias criam vida. Descubra agora