Capítulo 21 - Ninguém acredita que Kaio é Brazimuz

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A youtuber escutou a história sem o interromper, visto que ficou curiosa em certos detalhes, e além disso, sentiu uma vontade enorme de beijá-lo, uma quentura no meio das pernas, não sabia por que aquele desejo surgiu de repente. Ela estava hipnotizada, seguindo cada movimento dos lábios do rapaz, mesmo demonstrando não gostar do caipira nas palavras.

Kaio contou toda sua história, sem medo de dizer que era um ET de verdade, pois sentia que a ex-atriz duvidava de tudo. O rapaz notava que Marin não prestava atenção em nada, parecia perdida no tempo, ela ouvia num ouvido e saia pelo outro, por isso ele não mostrou nenhum poder para ela acreditar.

Mesmo não acreditando, Marin Olivatto ficou com a pulga atrás da orelha, no meio do muro, acreditar ou duvidar, eis a questão? Poderia ser o fim nunca mais ver aquele homem desconhecido que atropelou em plena BR, todavia uma vontade cresceu assustadoramente de ficar perto dele, então ela quis levá-lo para São Paulo porque sentiu atração avassaladora pelo nordestino. Assim a Youtuber convidou, e ele aceitou de imediato sem por dificuldade.

Kaio foi com Marin sem pensar duas vezes, pois seus pais estavam viajando, ganharam um grande prêmio e estava dando uma volta ao mundo por mais de um ano, seus irmãos tinham suas famílias, e o rapaz não tinha nenhuma companheira.

Então Kaio arriscou conhecer a cidade de sua atriz favorita. Resolveu sair do estado do Ceará, mesmo não tendo mais ninguém fora para ir morar. Além do mais seus irmãos adotivos não eram tão chegados para impedi-lo de se aventurar fora de casa, não o consideravam como irmão. Então nem pensou direito e partiu para São Paulo com a bonitona que deu oportunidade de vencer na vida e quem saber ficar com ela.

Kaio aparentava ter 30 anos. Ele era moreno, muito alto, cabelos assanhados até o pescoço. Ele parecia um mendigo por suas roupas estarem rasgadas e sujas, barba para fazer, mas de porte avantajado, seus braços eram fortes, pernas grossas, bunda arrebitada e peito largo. Era de um nariz afilado e tinha o rosto comprido. Tinha olhos negros e cabelos lisos castanhos escuros. Sua pele morena clara brilhava sem nenhuma mancha e sua voz grossa era também sua marca de masculinidade forte. Não parecia ser um nordestino comum do interior do mato fechado. Tudo isto Marin prestou atenção e veio à lembrança do rapazinho da loja de artesanato. No caminho para apartamento dela, após saírem do avião, ela deu um estalo mental e disse.

—Ei! Você é aquele rapaz da lojinha de artesanato. O bonitinho, hein?!

—Que? Ah! Sim! —Kaio confirmou.

—Eu sabia que te conhecia de algum lugar. —Marin disse o reconhecendo depois que tirou a barba.

—Pensei que fosse do abismo que tinha me reconhecido.

—Ainda quer bancar o Brazimuz?

—E não é por isso que está me levando para cidade grande? Par me revelar ao mundo! —Kaio disse rindo zoando, pois não acreditava que ela faria isto.

—Claro! Sim!— Marin disse acanhada.

Devido Kaio Jaques não ter onde ficar, Marin o deixou ficar no apartamento dela por uns dias até ele achasse um lugar bom para morar.

O nordestino tinha umas economias, ele pensou que daria para se virar por algum tempo sozinho na cidade de São Paulo e foi procurar emprego, mas o que conseguia de emprego, o salário era baixo demais, não dava para alugar nem uma quitinete.

Marin contou a história para os colegas do blog, mas ninguém deu atenção, eles acharam que ela caiu numa pegadinha absurda, pois se o sujeito fosse um ET não iria contar para ninguém sua história, e com certeza, iriam manter segredo absoluto para não ser pego.

BRAZU 1Where stories live. Discover now