Capítulo 14 - Os conselhos de Dona Risa

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O menino Brazu cresceu como Kaio e aprendeu o português fluentemente e outras línguas também. Ele era muito esperto, fazia coisas rapidamente e logo percebeu algo interessante. Tinha habilidade fora do comum neste mundo.

Kaio passou a fazer coisas extraordinárias sem ser identificado em sua região nordeste. Sendo que conseguia se esconder para os conhecidos, pois conseguia mudar suas características, em especial as cores. Normalmente usava a cor do cabelo castanho escuro, olhos pretos, pele morena clara na cidade onde morava.

Quando ajudava as pessoas, Kaio se mostrava como ele era de fato com cabelo azul que parecia pegar fogo, olhos bem claros, pele branca sem variação de tom bege ou róseo e sua roupa de ET aparecia. O jovem não tinha vergonha de usar no meio do povo. Ele se identificava como Brazimuz.

Sua fama começou a sair do nordeste. E muitos iam para região ver o herói brasileiro desconhecido. Muitos tentavam tirar fotos e outros gravavam vídeos, mas ele era muito rápido e somente conseguiu filmar de longe, sem visualizar seu rosto. Alguns poucos deduziram que era um herói de verdade, entretanto a maiorias acreditava que era um ilusionista farsante, querendo fama.

Por isso sua história extraordinária não evolui para fora do mundo, pois o próprio ET parou quando seu pai soube de uma ajudinha que ele deu a um compadre da cidade. Kaio levou um carão por se mostrar, mesmo que fosse tão rápido.

Voltando a ter uma vida mais pacata, Kaio adorava assistir filmes e séries americanas, também gostava de séries japonesas. Achava muito legal aqueles filmes de ficção que para ele não era ficção; já que era um ET de verdade. Entretanto tinha um gosto muito eclético, pois gostava de assistir novela e Reality show com sua mãe para servi de companhia a dona Risa, já que os filhos dela foram todos morar em outras cidades e Sr. Silas vivia viajando para vender as peças em outros lugares.

O que o rapaz do outro mundo mais gostava era assistir as novelas que aparecia a atriz Marin Olivatto. Ele ficava babando! Era um fã absoluto dela. E colecionava tudo sobre ela.

Já sua mãe achava que ele deveria se conformar com a solidão, não sonhar com gente de TV, pois nunca iria ver de perto, mas toda vez que passava cena com ela, ele ficava encantado a admirando assistindo-a na TV, feito um bobão apaixonado. Quando tinha, ou melhor, parentava ter 17 anos, ele viu uma cena que Marin ficava nua na Tv e não se conteve de empolgação lá em baixo.

—Puxa! Mamãe! Um dia vou ver minha Marin de perto. — Kaio dizia confiante.

— Vai não, meu filho! Ela é de muito longe!

—Eu acredito em milagres!

—Este tipo de mulher é somente para se admirar como fã. — Risa o alertou.

—Não! Não diga isto! Eu acho que vou conhecê-la um dia. —Kaio disse.

—Não sonhe alto, menino, ela não é para você. É uma estrela de TV! Famosa!

—Hum! Assim fico triste. —Kaio disse emburrado.

—Na verdade, ninguém deste mundo é. —Risa disse dando um risinho.

—Oh mãe, não seja ruim!

—Desculpe! Filho! Você sabe quem é! E como é sua pele gelada e mais dura que pedra nem tem como se aproximar. Nem das mulheres daqui você poderá ter contato. Imagine uma do sudeste. Uma beldade como esta.

—Eu sei. Não precisa me lembrar dos meus defeitos.

—Pretende dizer para alguma moça quem é um dia?—Risa perguntou.

BRAZU 1Where stories live. Discover now