Ficou evidente para Aurora, quando Hope a chamou, que, nos minutos em que havia ajudado a defender os corredores da escola, algo não estava certo e alguém estava em perigo. A mulher correu até o encontro da filha, enquanto os outros bruxos continuavam a duelar contra os inimigos que apareciam por perto.
Hope estava visivelmente nervosa. As mãos e os lábios tremiam, os olhos um tanto arregalados e o semblante de preocupação assustaram Aurora. A mulher também percebeu que o seu braço estava ferido e coberto por sangue fresco.
— O que aconteceu? – Aurora perguntou, nervosa.
— Ele sumiu. O papai sumiu. Não acho em lugar algum. – ela gaguejou — Eu e Louis fomos procurar ele por todo canto que existe nesse castelo.
O chão que os pés de Aurora estavam pisando pareciam ter sumido de repente. Não sabia como havia conseguido se manter de pé diante da informação que chegou aos seus ouvidos. O coração palpitou rapidamente de nervosismo.
— Vamos procurar no outro lado do castelo. – disse Aurora, a voz audivelmente fraca.
As duas correram rapidamente até o outro lado do castelo, e enfrentaram alguns Comensais da Morte no caminho. A situação no castelo estava piorando cada vez mais com o tempo, as paredes e os tetos estavam seriamente deteriorados e todos os lugares estavam cercados de seguidores de Voldemort.
— Hope!
Uma voz no fim do corredor alertou a jovem de cabelos ondulados.
Berros, gritos e o inconfundível som de combate encheram o corredor. Aurora olhou e viu Fred, George e Percy Weasley duelando com três homens de máscara e capuz. Elas não demoraram a correr para ajudar: jorros de luz voavam em todas as direções e o homem que lutava com Percy retrocedeu, deixando seu capuz escorregar e todos viram a testa alta e os cabelos raiados de branco.
Aurora e Percy reconheceram o homem que trabalhava no Ministério da Magia.
— Olá, ministro. – berrou Percy, lançando um feitiço certeiro contra o homem, que deixou a varinha cair e agarrou a frente de suas vestes — Cheguei a mencionar que estou me demitindo?
— Você está brincando! – Fred gritou, olhando para o irmão mais velho com prazer — Você está mesmo brincando, Percy, acho que nunca ouvi você brincando desde que...
O ar explodiu.
A frase de Fred foi abafada rapidamente quando o mundo se cindiu. Aurora gritou e sentiu que voava pelo ar, tudo que conseguiu fazer foi agarrar com todas as forças um fino pedaço de madeira, e proteger a cabeça com os braços. Ela ouviu uma exclamação de Hope, sem saber o que acontecera direito.
Tudo se resumiu em dor e penumbra. Ela estava em desespero por estar soterrada pelos destroços do corredor que sofrera um terrível ataque. A sensação pegajosa em seu pescoço a informou que o rosto sangrava profusamente. Então, Aurora ouviu um grito terrível que lhe arrancou as entranhas.
— Hope! Não, acorda!
Aurora se levantou, tonta e mais assustada do que se sentira alguma vez em toda a sua vida. O coração parecia estar prestes a saltar de seu peito, assim que viu a filha nos braços de George. Ela tentou correr até eles, mas estava mais cambaleando e tropeçando, sobre pedras e pedaços destruídos de madeira.
— Não... Por favor, não! – George soluçou.
Ele sacudiu a jovem em seus braços. Aurora se ajoelhou ao lado deles e as lágrimas que marejavam os seus olhos caíram sobre as suas bochechas.
— Hope. – Aurora sussurrou aos prantos. Ela colocou a mão sobre a bochecha machucada da garota. — Por favor, acorda. Você não pode ir embora.
— Mamãe? – Hope gemeu.
YOU ARE READING
COURAGE - REMUS LUPIN
FanfictionEm meados da década de 1970, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts se tornou a segunda casa de Aurora Waterhouse, uma nascida-trouxa que tinha sido agraciada por uma habilidade conhecida como legilimência. Pertencente à Grifinória, a bruxa se enq...