CAPÍTULO QUARENTA E SETE

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Quatorze anos haviam se passado como um súbito e as tensões aumentavam a cada dia desde a ascensão de um antigo e temido inimigo no mundo dos bruxos. Aurora estava aflita com as notícias, o Ministério da Magia continuava a se recusar na realidade atual do mundo mágico e a sua carreira de auror estava em risco, assim como a sua família.

Como se já não pudesse piorar, ela ainda se preocupava com o esconderijo de seu melhor amigo, foragido e procurado pelo Ministério da Magia há dois anos. Ela era uma das responsáveis em enganar os funcionários sobre o verdadeiro destino de Sirius, e não era uma das tarefas mais fáceis do mundo.

— Você não pode mandar nenhuma carta para ninguém. É perigoso!

A voz rouca de Remus invadiu os pensamentos da mulher trocando de roupa no banheiro de seu quarto. Ela abriu a porta e se deparou com uma discussão de Hope e o seu marido.

— É injusto ele não saber de nada! – Hope retrucou e entregou uma carta nas mãos de Remus — Ele vai ficar furioso quando souber que estamos as férias inteiras recebendo notícias e ele não.

— Ele não pode saber de nada até que Dumbledore nos autorize de contar. – Remus jogou a carta em uma lixeira próxima.

— Ou seja, nunca.

— Eu não quero discutir com você, Hope.

— Nós não estamos discutindo, só conversando – ela assentiu com a cabeça — Você sabe o que acontece se brigar comigo.

— Você chora. – Remus cruzou os braços e deu um sorriso de satisfação.

— Isso não é verdade!

— Você chora e a sua mãe fica brava comigo.

— A única verdade dessa frase é a parte da mamãe ficar muito nervosa com você. – Hope forçou um sorriso — Falando nisso, ela está atrasada.

— Eu estou ocupada ouvindo a conversa de vocês. – Aurora zombou ao sair do banheiro.

— Você ouviu o seu marido brigando comigo? – os olhos da menina correram de um membro da família para outro. Ela deu um sorriso irônico — Dá um jeito no instinto de lobisomem dele.

— É só fazer carinho nas cicatrizes que ele fica quieto.

— É um complô contra mim? – Remus riu e deu um beijo rápido na esposa — Eu fico impressionado como ela fica mais parecida com você a cada dia.

— A melhor parte da família. – a mulher deu um sorriso convincente e Remus fingiu uma expressão de desgosto — Não seja bobo.

Naquele mesmo dia, agora no destino em mente, Aurora leu o pergaminho e uma porta escalavrada se materializou entre os números doze e treze, relembrando a mulher da sua adolescência quando havia visitado a casa do melhor amigo. Ela jamais imaginou estar aqui novamente, mas dessa vez por um ideal maior.

Eles subiram as pequenas escadas na entrada da residência, sendo invadidos por um escuro e um frio sobrenaturais do corredor amplo.

Ouviram-se passos apressados e Aurora imediatamente reconheceu Molly Weasley, surgindo por uma porta no fundo do corredor. Ela exibia um grande semblante de boas-vindas ao vir ao encontro deles.

COURAGE - REMUS LUPINWhere stories live. Discover now