CAPÍTULO CINQUENTA E SEIS

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O sol estava alto no céu e os pássaros estavam cantando, tornando o dia quase perfeito para um casamento. O relógio apontava três horas da tarde do dia seguinte, quando Remus e Arthur estavam parados diante da grande tenda branca no pomar, aguardando a chegada dos convidados para o casamento.

Enquanto os últimos preparativos eram finalizados para o casamento, Aurora e Molly ajudavam Hope com o vestido e o cabelo. O vestido branco era longo e abraçava o corpo da jovem de forma complementar. Brilhos de pó de fada lilás foram atados dentro e fora do vestido, adicionando um toque atraente ao visual.

— Hope, você precisa parar de tremer ou nunca vamos conseguir terminar de arrumar o seu cabelo. – disse Aurora, com veemência.

— Eu estou nervosa. – Hope rangeu os dentes.

— Não há motivos para ficar nervosa, querida. – Molly pegou as mãos de Hope e deu um sorriso amigável — Você é a noiva mais bonita que já vi e vai se sair muito bem durante os votos.

— Obrigada, senhora Weasley.

— Querida, você é da família há muito tempo, antes mesmo de se casar com o meu menino. – os olhos da mulher brilharam intensamente — Pode me chamar de Molly.

Hope abriu um sorriso genuíno e abraçou a mulher, os olhos lacrimejavam mas Aurora e Molly insistiram para que a jovem controlasse as lágrimas para não estragar a maquiagem feita por Gina.

A mulher de cabelos ruivos soltou-se do abraço imediatamente e arregalou os olhos. A porta entreaberta e a presença de uma cabeça cheia de curiosidade fez Molly correr para impedir que a pessoa entrasse no quarto e visse Hope antes da cerimônia.

— George Weasley! – ela exclamou, assustando Hope e Aurora. As duas riram de sua reação — Quantas vezes eu já falei que ver a noiva antes do momento certo dá azar?

— Mãe!

— Nem mãe, nem tia, nem nada! Saía já desse quarto!

— Eu preciso de ajuda com a gravata. – George mentiu e deu um sorriso maroto.

— Peça ajuda ao seu pai ou aos seus irmãos. Saía! – Molly arriscou em fechar a porta, mas George colocou um pé entre o fecho para mantê-la aberta — Não me provoque ou Hope não terá mais com quem casar hoje.

— Quanta maldade. – George suspirou — Eu só quero dar uma olhada na minha futura esposa. Isso é injusto!

— George, você passará o resto dos dias olhando para Hope de todas as maneiras possíveis. Agora, não me faça perder a paciência e desça.

— De todas as maneiras possíveis? – ele sorriu — Eu não sabia desse lado da senhora, mãe.

— Eu vou contar até três. – Molly corou com a brincadeira, mas continuou firme em seu sermão.

— Descendo!

O jovem de cabelos intensamente ruivos arriscou uma última tentativa falha de abrir a porta, mas Molly conseguiu expulsar o filho. Ela soltou um suspiro de impaciência e voltou a atenção para Aurora e Hope, risonhas com a situação.

— Eu desejo toda sorte e paciência do mundo ao se casar com esse homem. – ela deu um riso baixo — Eu vou ver como estão os convidados. Quando estiverem prontas, podem descer.

— E se ele me ver? – Hope perguntou, mordendo o lábio inferior, levemente.

— Eu mato ele. – Molly brincou — Fica tranquila, Hope. Vou pedir para alguém forçar George a ficar dentro da tenda.

Molly deu um último olhar para Hope, analisando a noiva de um de seus filhos e um sorriso de satisfação e orgulho alcançou os seus lábios, assim que deixou Aurora e a filha sozinhas no quarto.

COURAGE - REMUS LUPINWhere stories live. Discover now