Capítulo 37 - Epifanias

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Em frente de casa desceu: Renesmee, Justine, Seth e eu.

— Vai ficar Seth? - Perguntou Leah ao irmão.

— Só mais um pouco.

— Está tudo bem Leah, não tem problema. - Respondi.

Aguardamos Jacob, por horas. Seth, enchia Justine, de perguntas. Renesmee falava da sua escola. Eu, por outro lado, pensava apenas em Demetri, e em quanto gostaria de vê-lo. Neste instante, como por telepatia, alguém bateu a porta.

— Demetri! - Exclamei, ao abrir-lá.

— Estava com saudades. - Me abraçando e me beijando. — Fiquei sabendo que tem uma visita?

— Sim, entre. - Dando espaço par sua passagem. — Justine, este é Demetri Falts.

— O namorado da Kayra. - Concluiu Seth, totalmente indiferente.

Foi quase duas horas, para formular uma boa história, sobre como conheci Demetri. E o fim do meu relacionamento com Seth, que a propósito, deixou bem claro estar interessado nela.

Quando Jacob chegou, Justine e Renesmee haviam adormecido nos sofás da sala. Seth nos contou sobre seu Imprinting. Deixando bem claro:

Não havia como mandar Justine embora, isso deixaria Seth desconcentrado durante nossa batalha. Com toda certeza, ficaria na casa de Charlie com Renesmee. Porém, uma questão ficou em debate: contar a verdade ou não a Justine, sobre os frios e os lobos?

— Não vamos contar a ela. - Ordenou Jacob.

— Ela precisa saber. Para o seu próprio bem. - Rebateu, Seth.

— Devo concordar com ele Jacob. Agora eles estão ligados. Ela precisa saber a verdade. Eu gostaria de contar a verdade a ela, junto a Seth e Demetri.

— Eles estão certos, Jacob. A garota agora é o imprinting do Seth. Não há como esconder algo tão importante. - Demetri concluiu.

— Tudo bem. O risco é todo de vocês. - Concordou Jacob.

— Contarei ao amanhecer. Quero estar sozinha com ela, quando contar. - Afirmei. — Porém, estejam por perto.

Jacob e Demetri acompanharam Renesmee até em casa aquela noite. Seth, permaneceu por algum tempo conversando com Justine. Ao ver minha afeição de cansada, decidiu também ir.

Justine e eu dividimos a cama de casal, não seria a primeira vez que dividiríamos um lugar para dormir. Em um dos acampamentos em que fui com sua família, - que por sinal, choveu todos os dias - dividimos a barraca e consequentemente o colchão.

A manhã do dia seguinte, me fez pensar, em como a vida é complicada. A neve havia sumido quase que por completo. Alguns pássaros arriscavam cantar, e o sol lutava para sair por entre as nuvens. Logo os Volturi's chegariam.

Preparamos o café juntas, assim como fazíamos quando pequenas. Após, partimos para uma caminhada. Estava decidia a contar a ela, para seu próprio bem, quem somos e o que está prestes a acontecer.

Enquanto caminhávamos pela trilha secreta do Seth, - que agora já não era tão secreta assim - comecei a falar aquilo que havia decidido lhe contar.

— Estou feliz que tenha vindo, e que, o Seth, tenha sofrido seu Imprinting por você.

— Sofrido o que? — Fazendo cara de confusa.

— Imprinting. - Rindo. — Sofri o meu pelo Demetri, por isso não estou com o Seth.

— Kayra, você bebeu? — Pondo seu dorso da mão direita em minha testa, como se estivesse medindo minha temperatura.

— Justine. - Retirando sua mão de minha testa. — Quero lhe contar lado muito importante.

— Não vai me dizer que está grávida?

— Claro que não. Cala a boca, deixa eu falar. - Fazendo uma cara de dert e revirando os olhos.

— Preciso que confie em mim, e o principal, não tenha medo ou grite, lembre-se, sou eu! - Começando a me despir enquanto falo.

— Por que você está tirando suas roupas?

— Confie em mim. - Dando alguns passos para trás e me transformando.

A transformação causa uma dor suportável, porém, chata. É normal urrarmos ao final como sinal de alívio.

Após fazer com que Justine levasse um susto e caísse sentada. Me abaixei próxima a ela e fiz um olhar de amizade. Lambi levemente seu rosto e deixei minha cabeça cair em seu colo.

— Ka-Kayra, é vo-você? Co-como? - Justine começou a perguntar trêmula e gaguejante, uma coisa atrás da outra.

— Não tem como, isso é totalmente impossível. - Continuava a falar.

Me afastei alguns metros, virei de costas e voltei a minha forma humana. Me vesti, porém, permanecia de costas para Justine, que permanecia completamente calada, após acabar suas perguntas e possibilidades.

— Nem sei por onde começar. - Irrompi o silêncio.

— Talvez me dizendo o que você é? - Respondeu ela, se levantando e colocando suas mãos na cintura enquanto falava.

— Sou uma metamorfa, posso mudar da forma humana para a de um lobo. Alguns nos confundem com os lobisomens. A diferença é que temos nossa ciência humana conosco, enquanto estivermos na forma do lobo. Os lobisomens conhecidos como filhos da Lua, perdem sua humanidade e raciocínio quando transformados.

— Por que você é isso? Foi algum animal que te mordeu? Tipo o homem aranha?

— Fala serio Justine. Claro que não. Nasci com o gene, que herdei de meu pai. Que inclusive, conheci esses dias.

— Você conheceu seu pai? Você é um lobo? O que mais me falta saber?

— Há vários como eu, e também há outra espécie, como os vampiros.

— Você está de zoação com a minha cara?

— Não. Demetri, meu namorado é um vampiro. A Renesmee é uma meio vampiro, pois, um de seus pais ainda era um humano, quando gerada e concebida. No caso sua mãe, Bella Cullen.

— Amiga, sua forma humana poderia me segurar? - Amolecendo suas pernas.

Segurei-a e coloquei devagar ao chão. Sua pressão havia caído. Alguns minutos depois ela recobrou consciência.

— Está tudo bem"Justy". Ainda sou eu, e os vampiros não são tão ruins quanto os filmes fazem parecer.

Durante minha explicação, Seth e Demetri nos encontraram pelo caminho.

— Quer dizer então, que você cara bonito, é um vampiro? Vocês não deveriam queimar no sol e virar um monte de cinzas? Ou talvez ter dentes enormes e pontudos?

— São verdadeiramente bons, seus questionamentos. - Disse Demetri gargalhando.

— Por muito tempo... Por milênios para ser exato, nossa espécie acreditou na história de que, se saíssemos ao sol, sucumbiriamos ao pó. As novas gerações já não acreditam mais nesta história. Evitamos a luz, pois, nossa pele brilha em contato com a luz solar. Fazendo milhões de focos coloridos brilhar em cada parte do corpo. O que, com certeza, não é nada discreto.

— Vocês não deveriam beber sangue?

— Nós bebemos. Alguns bebem sangue humano. Outros como meu clã e os Cullen's, bebem sangue animal. Nos nominamos vegetarianos - de sangue humano.

— Acredito que já tenha entendido que alguns vampiros são bons e outros maus. - Perguntei a ela, que respondeu com um balançar de cabeça, positivo.

— Tem mais alguma pergunta?

— O que é imprin... alguma coisa?

— O Seth irá te explicar. Demetri e eu vamos à casa dos Cullen's, precisamos contar sobre você. - Abrançando-a.

— Leve-a para casa, e diga ao Billy o que fomos fazer. - Pedi a ele.

— Tudo bem, Kayra. - Já seguindo pela trilha.

— SETH. - Gritei, para chamar sua atenção. — Cuide bem dela, pelo resto da vida.

— PROMETO CUIDAR. - Gritou ele em resposta.

ImprintingOnde as histórias ganham vida. Descobre agora