CAPÍTULO 34 - Confusão

1.7K 128 52
                                    

Camila:

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Camila:

Fiquei desanimada depois que Gregório foi embora. Não bebi mais e nem quis dançar de novo. Agora estou sentada sozinha no sofá escutando conversas de bêbados. Meu sangue não tem álcool o suficiente para me deixar sem consciência e aturdiada. Ele saiu faz algum tempo e já devia ter voltado.
Começo a desconfiar que ele está com Vanessa, mas tento afastar esses pensamentos.

Ao me ver sentada e calada, sozinha no sofá, mamãe vem em minha direção. Ela anda cambaleando e esbarrando nos cantos. Quando ela chega, senta-se ao meu lado no sofá. Em nenhum momento da minha vida vi minha mãe bebendo. Isso é muito estranho. Ela está tão alegre e eufórica que chega a ser contagiante.

— O que foi meu bebê? – Mamãe joga as costas no sofá segurando uma latinha de cerveja na mão.

Engraçado como até bêbada, mamãe sabe quando não estou bem. Ela sabe distinguir meus sentimentos perfeitamente bem.

— Nada mãe – abro um sorriso forçado.

— E porque está com essa cara de emburrada?

— É que Gregório não voltou ainda e ele me disse que voltaria logo – Solto uma arfada cansada. Não quero pensar besteiras, mas a demora dele está quase me fazendo enlouquecer.

Se passa mil besteiras na minha cabeça. Vanessa é louca por Gregório e sei que ela é capaz de fazer qualquer coisa para ficar com ele. E se por acaso ela tiver implorado pra ele ficar e ele tenha cedido? Será que ele já desistiu do nosso namoro? Estou insegura e tenho medo que Vanessa o convença de alguma forma a ficar com ela. Ela já conseguiu separar a gente uma vez, pode conseguir de novo.

— Camila não fique preocupada, ele já deve está chegando– Mamãe diz e logo dá uma golada de cerveja.

O vinho caro que Roberta trouxe já acabou e só restou as latinhas de cerveja. Ela até queria ir comprar mais bebida, portanto Ana com toda sua sensatez não permitiu que ela saísse e dirigisse.

Vejo Roberta se aproximar da gente também, e se jogar no sofá do meu outro lado. Fico apertada com mas duas mulheres me sufocando, prensada num sofá de dois lugares com duas mulheres bêbadas. Me sinto num meio de um sanduíche.

— Oi meninas – Roberta cumprimenta como se tivesse nos vendo pela primeira vez. Com certeza Roberta está mais bêbada que todos nós juntos.

— Oi Rô – Digo sem graça.

— Que isso menina. Se anima, vamos beber um pouco – Ela me oferece a latinha que está em sua mão mas nego com a cabeça.

— Carmem. Tô amando essa festa – Roberta diz rindo esteticamente.

Desde quando isso se tornou uma “festa” ? olho para o relógio na parede que mostra que já são quase uma hora da manhã. O som toca um pouco alto, não sei como os vizinhos ainda não vieram reclamar. Uma música da Marília Mendonça saí do rádio e Ana cantarola a melodia enquanto se aproxima do sofá onde estamos.

Meu tenente Gregório! (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora