CAPÍTULO 4 - Ela é encrenca!

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Camila:

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Camila:

Acordo com uma dor de cabeça latente. Outra vez tinha bebido demais e passado da conta; me bateu uma tontura forte junto com uma ânsia de vômito predominante. Mesmo sem saber direito onde estou, tive que me levantar rápido e encontar um banheiro ou vomitaria alí mesmo na cama.

Levanto em busca de um banheiro, um desafio e tanto na condição que estou. Encontro uma porta que parece ser de um box e invado o local correndo em direção ao vaso sanitário. Me jogo no chão do banheiro e coloco a cabeça próximo a privada. O jato amargo saí com tudo. Coloco para fora tudo que tinha bebido na noite passada.

Sinto uma leve ardência na região do esôfago. Passo alguns minutos naquela posição trágica e depois me recomponho. Levanto-me do chão e coloco meu cabelo para trás. Abro a torneira onde tem uma pequena pia de mármore e lavo meu rosto.

Me olho em um espelho pequeno que fica acima da pia e vejo meu estado deplorável. Meu rosto está cheio de hematomas. Meu olho esquerdo está roxo devido os socos e minha boca também está ferida; Meu rosto ainda arde de dor.

Levei uma surra do Carlão porquê devo trezentos reais em umas pílulas, ervas e cocaína que peguei na outra vez, mas ele aumentou minha conta dizendo que está correndo juros e me cobrou oitocentos reais por duas semanas de atraso. Não sei como irei pagar a dívida, não tenho de onde tirar esse dinheiro.

Penso que talvez se contasse para a mamãe o que está acontecendo, ela me ajudaria. Mas não seria justo com ela, mamãe se esforça muito trabalhando para poder sustentar a casa, aceita qualquer trabalho que aparecer, seja faxina ou coisa do tipo. E a noite as vezes ela trabalha em uma lanchonete onde ganha apenas um salário mínimo como Garçone.

Mamãe é muito batalhadora, me criou sozinha e nunca me deixou ou desistiu de mim. O tal "doador de esperma" que não merece ser chamado de pai , abandonou ela quando estava grávida de mim, então sou filha única. Não posso pedir dinheiro a ela para pagar as minhas dividas de drogas.

Ela também não pode saber que estou devendo isso tudo de drogas, seria uma decepção muito grande. Recentemente ficou sabendo que uso drogas e não aguentaria saber das minhas dividas com isso; Preciso pagar sem envolver minha mãe. Pedir ajuda a minha mãe está fora de questão. Bianca já é o  contrário de mim, ela tem muita sorte com isso. O pai dela tem muito dinheiro então ela nunca fica devendo a ninguém.

Estou muito ferrada, se não pagar a dívida irei ser assassinada com certeza. Carlão me deu uma surra para me assustar, mas tenho certeza que dá próxima vez ele não irá ter pena de mim. Penso um pouco sobre tudo que estou vivenciando. Será que tenho mesmo minha liberdade aos dezoito anos? Por que será que me sinto como se tivesse numa prisão?

Afastando esses pensamentos, lembro que o tenente Gregório me resgatou do ataque de Carlão ontem, pena que o desgraçado fugiu. Os acontecimentos da noite passada estão ficando mais claros na minha cabeça e começo me lembrar os fatos. Provavelmente estou na casa do tenente Grogório.

Meu tenente Gregório! (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora