Capítulo 48

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Alemão

Eu sou completamente apaixonado pela Isabella, ela é a mulher da minha vida, ela fez o meu mundo fazer sentido, não sei o que seria de mim sem ela, temos uma conexão surreal.

Eu faço tudo por ela, tudo pra vê ela feliz, tudo pra vê ela bem, mas cara, ultimamente ela tá bem estranha, e eu ainda não consegui descobri o porque, tem horas que eu acho que ela não me ama mais.

Tem dias que ela me nega sexo, ok eu não questiono, fico na punheta, mas não sei até quando vou aguentar me controlar.

Trouxe ela pro Baile, e ela está insuportável, com cara de cu, não quer beber, não quer dançar. Eu não obriguei ela vir, se fosse pra vir e ficar desse jeito, era melhor ter ficado em casa.

A contrário dela, eu estou bebendo pra caralho, foda- se, não quero saber do amanhã, o baile tá uma uva, e não é por causa do piti dela qua eu não vou me divertir.

- Caralho, eu to me segurado pra não me estressar com você - Falei apertando ela, e ela não respondeu, permaneceu quieta.

- Hoje foi um dia incrível pra gente, inauguramos sua loja, você realizou o seu mais novo sonho, era pra tá feliz, comemorando comigo porra - Suspirei

- Eu estou feliz amor, muito feliz, minhas pernas que estão um pouco dolorida, consegue me entender? - Ela me respondeu, e selou os nossos lábios, pela primeira vez desde que chegamos no baile.

- Mano, corre lá na boca, bagulho grave para você resolver - Wn falou todo nervoso

- Solta voz caralho, bora - Alemão

- A Patrícia mano, Patrícia tá lá na boca - Ele respondeu e a Isabella já virou a cara. Se ela já estava com cara de cu sem motivos, imagina agora, sabendo que a Patrícia está me procurando

- Manda ela rala, to curtindo o baile com a minha mulher - Alemão

- Parceiro, ela falou que é coisa séria, ela tá chorando pra caralho lá - Wn

- Vai pra casa Isabella, Wn vai te levar, daqui a pouco to colando lá - Falei já me retirando do local, Patrícia é minha familia, melhor vê o que tá acontecendo

- Alemão, você não vai - Isabella me gritava, e eu continuei a seguir o caminho, pra ela me chamar de Alemão deve estar com muita raiva mesmo

[...]

- Solta a voz logo Patrícia - Falei assim que entrei na minha sala

- E TUDO CULPA SUA - Pela primeira vez na vida, ela levantou a voz pra mim

- Fala direito comigo caralho - Falei dando um leve aperto no pescoço dela

- Minha mãe morreu. ELA MORREU - Ela falava em meio às lágrimas, chorava muito

- Como assim Patrícia, EXPLICA ESSA PORRA DIREITO - Eu andava de um lado pro outro, passando a mão descontroladamente pelo meu cabelo

- Ela estava com câncer, precisava de tratamento, nós não tínhamos dinheiro, não consegui pagar o tratamento dela, se você não tivesse abandonado a gente,  nada disso teria acontecido - Patrícia

- Você podia ter me procurado, você sabe disso, sempre soube, eu nunca na minha vida ia negar alguma coisa pra vocês, eu nunca deixei faltar nada pra vocês - Falei e taque um copo de vidro na parede, despedaçando o mesmo, eu estava muito nervoso.

- Ela não queria aceitar, não queria, e eu também não queria mais colocar o pé nesse lugar, depois de tanta humilhação - Patrícia

Eu não sabia o que responder, não sabia o que falar, essa mulher fez de tudo por mim, me acolheu, cuidou de mim, e na hora que ela mais precisou eu não estava presente. Desde quando elas saíram aqui do morro, eu nunca mais procurei, não fiz questão de saber a onde elas estavam, não fiz questão de saber se elas precisavam de algo, eu sou realmente um merda.

- Quando foi isso? Ela já foi enterrada? - Alemão

- Foi hoje Alemão, foi agora pouco, minha única reação foi vir na Rocinha, agora eu estou sozinha - Patrícia chorava, fui até seu encontro te abraçar, ela negou de início, mas depois retribuiu, beijei o topo da sua cabeça

- Me perdoa, me perdoa mesmo, não foi minha intenção abandonar vocês, nunca foi - Alemão

- Tinha que ser, foi a hora dela, infelizmente - Patrícia

- Procura o Wn, pede ajuda dele pra organizar todo o funeral, ela merece o melhor, o mais digno de todos - Alemão

- Você não vai me ajudar? - Patrícia

- Patrícia eu vou dar o dinheiro, eu não estou com cabeça pra mais nada, quero ficar sozinho - Respondi

- To ralando, qualquer coisa me aciona - Falei me despedindo dela

Montei na minha moto e fui em direção ao topo do morro, meu lugar de paz. Eu não queria me drogar, isso nunca da certo, estou a um tempo livre disso, mas hoje eu preciso para me aliviar.

Peguei a cocaína e fui montando as carrerinhas, o objetivo é ficar loucão logo.

Eu estava cheirando tudo, meu nariz estava ardendo, e meu celular não parava um minuto de tocar, era a Isabella.

- Caralho, não posso ter um minuto de paz - Taquei meu celular no chão, quebrando o mesmo e voltado a cheirar.

Mulher de traficante (CONCLUÍDA) Where stories live. Discover now