Capítulo 23

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Alemão

Sem dúvidas nessa minha vida fodida eu já fiz muita merda, destruí a vida de muitas pessoas, mas em nenhuma das crueldades que eu fiz nunca senti arrependimento, sempre fui uma pessoa ruim mesmo, sem me importar com os estragos que eu faço.

Hoje eu me sinto destruído, hoje eu me sinto sem chão, estou a um mês sofrendo e parece que esse sofrimento nunca terá fim.

Eu destruí a vida da Isabella, mais uma vez eu agredi, mas dessa vez a morte quase encontrou ela, ela está a um mês internada em coma induzido, sem consciência, é tudo isso é por culpa minha, por eu ser um merda.

É foi só assim que eu percebi o quanto ela é importante pra mim. É uma dor imensa entrar em casa e não escutar sua voz, não sentir o seu cheiro. O sentimento que eu sinto por ela é bem maior de quando eu fui apaixonado pela Laya, é difícil eu admitir pra mim mesmo que eu estou apaixonado pela Isabella, logo eu que jurei pra mim mesmo nunca mais me apaixonar.

Desde quando ela está em coma, a Maria voltou para me ajudar, eu pedi um tempo pra Karol (minha amante), e me entreguei por completo as drogas, a única coisa que eu consigo fazer durante todo o meu dia é me trancar no meu quarto e me entupir de drogas e bebidas...

-Irmão larga isso- Gustavo puxou o saco de pó que eu segurava

-Eu preciso, me deixa- respondi

-Voce vai acabar tendo uma overdose, não quero isso pra você- sentou-se ao meu lado e me abraçou

-EU SOU UM FODIDO- gritava e chorava ao mesmo tempo, uma cena que concerteza o Gustavo foi a única pessoa nessa vida a presenciar, porque eu nunca fui de fraquejar na frente das pessoas.

-Vai lá tomar um banho que eu vou te levar no postinho pra vê ela- apenas assenti pro Gustavo me levantando da cama e entrando no banheiro.

O postinho não tinha estrutura nenhuma pra receber um caso grave como o da Isabella, eu tive que providenciar equipamentos novos e contratar médico particular para colocar em uma sala exclusiva pra ela. O posto é público, mas a administração dele sempre me procura quando precisa de alguma coisa que o Governo ladrão não dá, parece até ironia né? Mas é a realidade.

Tomei meu banho de mais ou menos uma hora, eu queria limpar minha alma, queria esquecer de tudo que eu fiz com ela, mas é impossível.

-Vamos- falei chamando a atenção do Gustavo que estava sentado no sofá da sala enquanto assistia tv

Montei na garupa da moto dele e permaneci o trajeto todo calado.

Eu e o Gustavo já nos entendemos em relação ao dia que ele acertou um soco na Isabella, o soco não foi proposital e com certeza eu também teria feito o mesmo se eu estivesse no lugar dele (no dia do acontecido)

Chegamos no posto e eu fui direto para o quarto no qual ela estava, Gustavo não entrou, o médico que deveria está aqui cuidando dela no momento não estava, e isso me irritou.

Sentei na poltrona que tinha ao lado da cama, e passei a mão nos seus cabelos e deixei uma lagrima cair.

-Eu Te Amo- sussurrei

Olhei em direção a sua mão é vi que a mesma mexia os dedos.

Fiquei bem atento olhando para ela e à vi abrir os olhos bem devagar

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Fiquei bem atento olhando para ela e à vi abrir os olhos bem devagar

Mulher de traficante (CONCLUÍDA) Where stories live. Discover now