CAPÍTULO 21 - Correndo atrás

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Que porra hein Camila, mesmo longe ainda afeta minha vida!

Pensei em mandar Vanessa embora várias vezes mas tenho que pelo menos tentar, tentar fazer essa relação dá certo. Mas ultimamente só estou querendo paz e quando estou com Vanessa a última coisa que tenho é paz. Então acabo deixando para lá e nunca resolvo nossos problemas. Não tem diálogo nem conversa com Vanessa é só gritaria e estresse então prefiro não conversar com ela.

Termino de ajeitar meu uniforme e coloco meu celular no bolso da calça. Vanessa já tinha ido trabalhar e eu já estava prestes a sair. O relógio marca 6:41 AM. Pego as chaves em cima da mesinha de centro e quando estou prestes a sair de casa sinto o celular vibrar no meu bolso. retiro o celular do bolso e vejo um número desconhecido na tela, deslizo o dedo e atendo a ligação levando o celular ao ouvido.

- Gregório - Falo assim que atendo.

- Bom dia tenente. Desculpe ligar tão cedo, Sou Lívia da RH - A voz feminina falou do outro lado da linha.
Soube imediatamente que era alguma coisa relacionado a Camila quando a mulher falou que trabalha para o recursos humanos, pedi para me avisassem qualquer coisa.
Fico um pouco nervoso mas tento relaxar pondo na cabeça que não deve ser nada demais.

- Diga

- É sobre a detenta Camila Santos. Me pediram para lhe informar que pela madrugada ela foi levado ao hospital São Camilo. - A mulher diz calmamente.

Começo tremer as mãos e sinto um baque em meu coração. Algo dentro de mim treme também, parecia um terremoto interior, foi como se meu coração estivesse queimando por dentro. O medo que algo sério tenha acontecido com minha menina toma conta de mim.

- O que aconteceu? - Aperto o celular no ouvindo pois minhas mãos estão vacilantes.

- Ela tentou suicídio - Lívia faz uma pequena pausa - De alguma forma ela conseguiu esconder alguns ansiolíticos que foram passados pelo psiquiatra, segundo ele a detenta estava tendo problemas para dormir. Não sabemos como aconteceu mas ela fingia que engolia os comprimido quando na verdade guardava todos. Infelizmente ela teve uma overdose pelo abuso dos comprimidos e também teve uma parada cardíaca.

Fiquei em choque tentando assimilar tudo que Lívia diz do outro lado da linha.

- Ela está bem? - Pergunto aflito temendo uma resposta ruim.

- Ela sobreviveu por um fio. Está no CTI fazendo a lavagem porém está fora de perigo agora. Recebi a informação do hospital agora á pouco. - Lívia diz com tranquilidade.

Consegui respirar aliviado quando Lívia disse que Camila estava fora de perigo. Tentei equilibrar meus pensamentos e acalmar as batidas frenéticas no meu coração, mas ainda estou muito preocupado com minha menina e preciso vê-la urgentemente para consegui me acalmar.

- Tudo bem Lívia. Obrigada por avisar - Busco paracer relaxado mas minha voz está tensa e trêmula. Meu coração parece que vai sair para fora do peito e sinto meu corpo gelado.

- Por nada tenha um bom dia. - Lívia disse logo após desliga sem esperar minha resposta.

Saio do meu apartamento e vou até meu carro que está estacionado do lado de fora. Me esforço para controlar minha agonia entretanto minhas mãos estão tremendo sobre o volante. Dirijo o carro Até o hospital bastante apreensivo e angustiado. Procuro dirigir vagarosamente porém o medo e a preocupação não me deixam ir devagar. Meus pés estão sobre o acelerador inquieto, dirijo o carro impacientemente até chegar no hospital.

Quando chego ao hospital, paro o carro no estacionamento. Entro no hospital sem ao menos olhar se estacionei no lugar certo. Corro até a recepção e pergunto onde fica o CTI. Ao chegar no andar informado pergunto onde Camila Santos está e com rapidez ando pelos corredores do hospital igual um louco a procura dela.

Meu tenente Gregório! (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora